Depois das mamadeira de plástico, agora são os protetores de berço que estão na mira de médicos e entidades de saúde. A Academia Americana de Pediatria acaba de divulgar novas diretrizes de segurança para evitar as mortes acidentais de bebês durante o sono, que condenam o uso do acessório. Segundo os médicos, os protetores acolchoados, que são amarrados nas grades dos berços, não melhoram a segurança do bebê e ainda aumentam o risco de morte acidental por sufocamento.
Nos EUA, a cidade de Chicago já proibiu a venda dos protetores de berço. Iniciativas similares já começam a aparecer em outros Estados. De acordo com Aramis Antonio Lopes Neto, presidente do departamento de segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, não é recomendado o uso de qualquer objeto solto no berço.
"A criança pode se enrolar, sufocar. O berço deve ter apenas o lençol, preso por debaixo do colchão para a criança não se enrolar." Segundo Lopes Neto, não há uma recomendação específica sobre os protetores de berço no Brasil, até porque são raros os acidentes causados pelo acessório.
A academia americana baseou a nova recomendação em um estudo de 2007 que analisou casos de mortes entre 1985 e 2005. Nesse período, foram encontradas 27 mortes ligadas aos protetores. De acordo com o estudo, a proteção conferida pelo acessório é dispensável. O melhor, portanto, é não usar.
O ideal é que o bebê durma de costas no berço, de preferência no mesmo quarto dos pais. Dormir com o bebê na cama não é recomendado. (As informações são da Folha.com)