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Hormônio influencia mulheres na escolha da profissão

02 set 2011 às 22:02

Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Estadual da Pennsylvania (EUA) afirma que a escolha da profissão entre as mulheres começa no útero e seria determinada pela ação de um dos hormônios masculinos.

Para medir a influência da substância, a equipe coordenada pela professora de psicologia e pediatria Sheri Berenbaum realizou testes com adolescentes e adultos jovens de ambos os sexos com e sem CAH (sigla em inglês de hiperplasia adrenal congenital; desordem que causa uma produção irregular de hormônios), e mais os irmãos deles.


A opção também estaria limitada a dois grupos de carreiras: um deles reuniria tarefas que envolvem pessoas e o segundo, coisas.



No caso das mulheres com CAH, que ficaram expostas à maior quantidade de andrógeno - hormônio masculino - durante a gestação, o interesse predominou em profissões ligadas a coisas e que são estereotipadas como de homens, como engenharia e cirurgia.


O oposto se aplicou a mulheres sem CAH. Elas tinham menos interesse em ocupações consideradas masculinas e se focaram em carreiras em que a interação com pessoas era maior, como assistente social ou professora.


A conclusão é que o interesse das mulheres por determinadas profissões é diretamente relacionado à exposição ao andrógeno durante a formação do feto.

Entre os homens com e sem CAH não houve diferenças significativas, afirma o estudo. "Descobrimos que há uma influência biológica sobre o interesse das pessoas, e talvez as mulheres não escolham carreiras [das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática] porque elas têm interesse em pessoas", disse Adriene Beltz, que participou do estudo publicado na edição deste mês da revista "Hormones and Behavior".


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