Enjoo e vômito são sintomas comuns no início da gravidez. Esses desconfortos, chamados pela medicina de êmese gravídica, são reações fisiológicas normais, que costumam dar uma trégua apenas na 12ª ou 16ª semana de gestação.
Para algumas mulheres, a intensidade, frequência e duração desses sintomas são maiores. "Chamamos esse quadro de hiperêmese gravídica, que nada mais é do que a êmese gravídica em um grau elevado. Embora os sintomas sejam os mesmos, nesses casos há riscos de perda de peso, desidratação e alterações sanguíneas, devido ao excesso de náuseas e vômitos" explica Igor Padovesi, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
As gestantes diagnosticadas com hiperêmese gravídica devem ficar atentas caso a perda de peso seja superior a 5% e a desidratação intensa. "Urinar poucas vezes ao dia, urina concentrada, mal-estar, tontura e fraqueza são sinais de desidratação, podendo resultar na perda de sódio e potássio", explica Igor.
Apesar de incômodos, esses sintomas fazem parte da gestação, já que estão associados à produção do bHCG - hormônio exclusivo da gravidez e necessário para preparar o útero para o crescimento do feto no início da gestação. Assim, quanto maior for à produção do hormônio, mais intenso será o mal-estar.
Segundo o especialista, a incidência dos sintomas varia de gestação para gestação. Mulheres diagnosticadas com a doença na primeira gravidez possivelmente terão o mesmo quadro na segunda. Mães que estão à espera de gêmeos também apresentam mais propensão.
O tratamento da hiperêmese visa minimizar os desconfortos a partir de mudança de hábitos alimentares nos três primeiros meses da gestação. Em casos mais graves, recomenda-se o uso de medicamentos, sempre com acompanhamento médico.
Confira algumas dicas para diminuir os efeitos da doença e garantir o bom desenvolvimento do bebê: