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Há riscos em engravidar após a redução de estômago?

Redação Bonde
28 mai 2013 às 08:48

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- Reprodução
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A epidemia mundial de obesidade torna cada vez mais comuns as cirurgias bariátricas, mais conhecidas como redução de estômago. Para as mulheres jovens, que se submetem ao procedimento antes de serem mães, a cirurgia é motivo de muitas dúvidas quando decidem engravidar. Afinal, será que é arriscado engravidar? A mudança da dieta pode prejudicar o desenvolvimento da criança?

Segundo o médico Almino Ramos, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), se a mulher seguir as orientações médicas não há como ter riscos. "Para que a gravidez ocorra sem problemas, porém, a paciente bariátrica só deve engravidar dois anos após a realização da cirurgia de redução de estômago," adverte.

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"A SBCBM recomenda que a gravidez seja evitada no período inicial pós-cirúrgico até 24 meses, quando o corpo está se adaptando à nova situação de perda de peso. Após essa etapa, a paciente deve tomar a decisão de engravidar amparada da avalição do cirurgião, da equipe multidisciplinar e do obstetra que for acompanhar a gestação", adverte Almino Ramos.

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Riscos da gravidez no período pós-cirúrgico

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"A gravidez no período de estabilização do peso (antes de dois anos) é uma situação que pode prejudicar a gestação. Se acontecer, é preciso uma avaliação minuciosa feita pela equipe multidisciplinar, especialmente pelo obstetra, para que sejam tomadas as devidas providências, a fim de minimizar quaisquer riscos", comenta o especialista.


Amamentação

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"A reeducação alimentar e a suplementação vitamínica, com o acompanhamento da equipe multidisciplinar, permitem que a mãe possa amamentar seu bebê com tranquilidade. Se ela seguir as orientações da equipe de atendimento, não haverá qualquer tipo de alteração", garante o especialista.


Acompanhamento médico

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"Cada situação é única em relação ao acompanhamento médico dessas mulheres. No caso de uma gestante com peso estabilizado e cirurgia realizada há mais de dois anos, o pré-natal é semelhante ao de uma mulher que não é paciente bariátrica. E todas as pacientes bariátricas, gestantes ou não, devem seguir acompanhamento nutricional continuamente", lembra Ramos.


"O comum é que as mulheres que fizeram a cirurgia bariátrica ganhe menos peso durante a gravidez. De qualquer forma é fundamental, especialmente nessa situação, o acompanhamento de uma equipe formada por nutricionista, endocrinologista, cirurgião, obstetra e ginecologista para manutenção e monitoramento dos índices dentro dos padrões saudáveis em relação às vitaminas, glicemia, colesterol, triglicérides, pressão arterial e outros", orienta.

De acordo com Almino Ramos, estudos científicos e o consenso médico não apontam para problemas de saúde do bebê em qualquer período após o nascimento, por conta de a mãe ser paciente bariátrica.


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