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Estresse pode diminuir chances de mulher engravidar

16 ago 2010 às 11:32

Um estudo científico mostrou, pela primeira vez, que altos níveis de estresse podem diminuir as chances de uma mulher engravidar. Especialistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, mediram a quantidade de hormônios associados ao estresse em mulheres que tentavam engravidar naturalmente e concluíram que as mais estressadas tinham mais dificuldade em ficar grávidas.

O estudo, publicado na revista científica Fertility and Sterility, monitorou 274 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 40 anos que tentavam ficar grávidas.


Especialistas já sabem que idade, hábito de fumar, obesidade e consumo de álcool interferem nas chances de gravidez, mas a influência do estresse é menos clara.


A equipe da Universidade de Oxford mediu dois hormônios vinculados ao estresse, a adrenalina e o cortisol, a partir de exames da saliva das participantes.


A adrenalina é liberada pelo organismo quando a pessoa está, ou julga estar, em situações ameaçadoras ou perigosas. O cortisol está associado ao estresse crônico.


As mulheres que tinham índices maiores de alfa-amilase na saliva (uma proteína que pode servir como indicador na medição de índices de adrenalina) apresentaram uma redução de 12% nas suas chances de engravidar nos dias férteis em comparação às que tinham os níveis menores do indicador.


Os pesquisadores não encontraram associações entre chances de engravidar e a presença do hormônio cortisol.


Ioga


Uma das integrantes da equipe responsável pelo estudo, a cientista Cecilia Pyper, da National Perinatal Epidemiology Unit da Universidade de Oxford, disse que o objetivo do trabalho é melhorar a compreensão dos fatores que influenciam a gravidez em mulheres saudáveis. "Este é o primeiro estudo a revelar que um medidor biológico do estresse está associado às chances de uma mulher ficar grávida naquele mês", explicou Pyper.


"A descoberta reforça a ideia de que casais que estão tentando ter um bebê devem procurar ficar tão relaxados quanto possível. Em alguns casos, pode ser importante procurar técnicas de relaxamento, terapia e até ioga e meditação".

A pesquisa foi feita em colaboração com o Eunice Kennedy Shriver National Institute for Child Health and Human Development, nos Estados Unidos. Ela é parte de um estudo maior, que tenta avaliar os efeitos do fumo, álcool e cafeína sobre as chances de gravidez.


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