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Especialista esclarece doze dúvidas comuns sobre o parto; confira

Redação Bonde
20 nov 2014 às 08:01

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- Reprodução
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Ao longo dos nove meses de gestação, a mulher tem inúmeras dúvidas. Se for mamãe de primeira viagem então, as incertezas aumentam. À medida que a barriga cresce, a conexão entre mãe e filho aumenta, assim como a ansiedade de finalmente tê-lo nos braços. E a hora do parto, que é o momento mais aguardado do processo, chega carregada de mitos, independentemente se será realizado de forma natural ou por meio de uma cesárea.

Segundo o ginecologista responsável pela área de reprodução humana do Grupo Criogênesis, Renato de Oliveira, o início do trabalho de parto é diferente para cada mulher, isto porque, algumas conseguem identificar os sinais de quando está chegando a hora, outras, no entanto, confundem o estágio inicial como sendo azia, dor lombar, gazes ou indigestão. "Esta é uma das questões que mais preocupam as futuras mamães. No entanto, elas podem ficar tranquilas, pois existem alguns sinais distintos que indicam se chegou ou não o momento de dar à luz ao tão sonhado bebê", afirma.

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Abaixo, o especialista enumera e esclarece algumas dúvidas frequentes sobre o assunto. Confira:

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1. Quais são os sinais de trabalho de parto?

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Eles variam de mulher para mulher. Podem iniciar com dores na região lombar, irradiando para o abdômen e deixando a barriga dura por, aproximadamente 30 segundos a cada dez minutos, caracterizando assim, as famosas contrações. É importante atentar que o simples surgimento de contrações não significa que chegou a hora. Há também trabalhos de parto que se anunciam com um discreto sangramento genital ou ainda com a ruptura da bolsa, derramando o líquido de seu interior, que se assemelha à água sanitária. Outro sinal, mas que somente o médico pode observar, é a dilatação do colo uterino acima de 2 centímetros.


2. O que fazer após o rompimento da bolsa?

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Se a bolsa rompeu, deve-se avisar ao médico e procurar um hospital.


3. Quando se recomenda fazer uma indução do parto?

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Além de diversas situações nas quais há alguma complicação obstétrica, como o diabetes e a hipertensão, também é possível recorrer à indução quando uma gestação completa 1 semana de pós-datismo, ou seja, 41 semanas. No entanto, o procedimento só deve ser realizado desde que exista indicação para se aguardar até este período, pois há um aumento significante de complicações ao se passar desta idade gestacional. Independente do motivo, o médico utiliza algumas técnicas como medicamentos ou dilatações por balões ou uma alga com efeito mecânico para a abertura do colo e o desencadeamento de contrações. Todo o procedimento deve ser monitorado por um médico capacitado.


4. Quais exercícios favorecem a dilatação?

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A caminhada durante o próprio trabalho de parto, exercícios em bolas apropriadas e subir e descer escadas, desde que acompanhadas, podem ser interessantes recursos.


5. Porque a gestante deve parar de comer ou beber ao entrar em trabalho de parto?

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Além da possibilidade de náuseas e vômitos, há a possibilidade de risco anestésico, uma vez que se por algum motivo especial esta paciente necessitar de uma entubação, o estômago cheio aumenta o risco de broncoaspiração com graves consequências como a pneumonite química.


6. A lua influencia no trabalho de parto?

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Não há comprovação científica. Apesar da especulação de uma atuação no líquido amniótico empurrando o bebê, semelhante a explicação física da influência da lua na elevação das marés, não ocorre maior número de partos em dias de lua cheia. Talvez, o que seja mais frequente, sejam os comentários nos hospitais sobre ser dia de lua cheia, o que levaria a impressão que isto interferiria no processo.


7. Quais os benefícios do parto natural?


A grande vantagem é que não se trata de uma cirurgia propriamente dita, com cortes e suturas, além de o risco de infecção e hemorragia ser menor. Pelo mesmo motivo, a recuperação também é melhor no pós-parto. Este tipo de parto também favorece a amamentação, pois há um disparo de hormônios avisando ao organismo que é hora de começar a produzir leite. Também há a relação entre mãe e filho que tende a se estabelecer desde cedo, já que a mulher participa ativamente do nascimento.


8. Quando a gravidez é de gêmeos, descarta-se a ideia de parto normal?


A possibilidade de um parto normal está ligada à posição dos bebês. Porém, devido ao grande risco de complicações e o desaconselhamento de se realizar reposicionamento do bebê, há uma tendência em indicar cesárea em partos de gêmeos.


9. Quais as possíveis complicações de uma cesárea?


Por se tratar de um procedimento cirúrgico, há riscos de lesões de órgãos como a bexiga e os uréteres, infecções e maior risco de sangramento. Isto é minimizado quando a operação é realizada por bons profissionais.


10. A barriga fica mais flácida após a cesárea?


Ela pode ficar flácida em ambos os partos. Isto depende muito mais de como a mulher se preparou durante a gravidez para fortalecer a musculatura abdominal. Em geral, dentro de seis meses a mulher volta a ter a barriga de antes, tanto após a cesárea quanto no parto normal.


11. Quais exames devem ser feitos antes do parto?


Além dos exames normais do pré-natal, deve-se fazer a cultura de secreção vaginal a fim de se pesquisar a presença da bactéria Streptococo do grupo B, que pode colonizar os tratos intestinais e genito-urinários, podendo contaminar o bebê na hora do parto normal.


12. É indispensável fazer a tricotomia, o corte dos pelos pubianos?

Os pelos pubianos garantem maior proteção e a retirada deles pode até facilitar infecções. Sendo assim, a tricotomia não deve ser adotada como procedimento de rotina imediatamente prévio ao parto.


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