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Krav Maga

Em março, as mulheres do Paraná terão treinos gratuitos de defesa pessoal

Redação Bonde
01 mar 2017 às 15:10

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- Reprodução/Shutterstock
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No mês de março, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a Federação Sul Americana de Krav Maga (FSAKM) vai realizar, em todo o Brasil, treinamentos gratuitos da defesa pessoal israelense, especialmente voltados para mulheres praticantes ou não dessa modalidade.

A ideia é sensibilizar a mulher sobre a importância do combate à violência e mostrar que ela pode ser parte ativa da prevenção desse tipo de problema, crescente no Brasil.

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Os treinamentos da Federação Sul Americana de Krav Maga serão destinados às mulheres maiores de 14 anos, independentemente de preparo físico ou de habilidade para artes marciais ou esportes.

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Para este ano, a Federação espera mais de 10 mil mulheres em mais de 90 pontos de treinamento em todo o país.

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Os treinamentos serão realizados em Curitiba, nos dias 11 de março, às 14h, no Centro de Krav Maga do Paraná (Rua Barão do Rio Branco, 574) e no dia 12 de março, às 8h na CWB Defense - Centro de Krav Maga (Rua Marcelino Nogueira, 05). Para participar, é necessário cadastramento pelo e-mail: [email protected] .


"Nosso objetivo é que as mulheres percebam que elas podem se prevenir contra a violência, mudando a forma com que elas lidam com o medo e com sua autoestima", afirma o israelense Grão-Mestre Kobi Lichtenstein (faixa-preta – 8º Dan), introdutor do Krav Maga no Brasil e fundador da FSAKM.

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Desenvolvido em Israel, na década de 40, por Imi Lichtenfeld, o Krav Maga não é uma arte marcial e sim a única modalidade reconhecida mundialmente como arte de defesa pessoal.


Foi criado para que, a partir do treinamento adequado, qualquer pessoa - independentemente de sua idade, sexo ou forma física - possa se defender de um ou mais agressores, armados ou não, usando técnicas simples e eficazes.

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Grão Mestre Kobi explica que, com a violência crescente nas ruas ou mesmo dentro de casa, as mulheres precisam estar preparadas para se proteger e para proteger seus filhos. "O treinamento de Krav Maga dá a essa mulher a condição psicológica e física para que ela vença o medo e seja ativa no combate à violência, nem que seja por meio da denuncia", afirma Grão Mestre Kobi.


Em 2016, mais de 5 mil mulheres passaram por esse treinamento e para este ano a expectativa é ainda maior. Os treinamentos serão realizados em diversos estados brasileiros simultaneamente, assim como no Peru e na Argentina, onde a FSAKM tem instrutores habilitados.

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Krav Maga para as mulheres - A violência doméstica e a violência contra a mulher no Brasil aumentam ano a ano:


· No Brasil, a taxa de homicídios de mulheres é de 4,8 para 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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· Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada 11 minutos e 33 segundos uma mulher é estuprada no Brasil, ou seja, cinco a cada hora.


· Em 70% dos registros de agressão às mulheres, o agressor é o companheiro ou o cônjuge da vítima.
· Outro dado crítico é que ainda hoje é baixo o número de mulheres que chegam a denunciar as agressões, por vergonha ou medo.

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Hoje, 30% dos praticantes de Krav Maga em todo o Brasil são mulheres e há um esforço da FSAKM para mostrar ao público feminino que a pratica do Krav Maga se difere dos esportes de luta.


Trata-se de um modo de melhorar a percepção, de adquirir um comportamento mais atento nas ruas, em locais públicos ou mesmo em casa, quando há uma situação de risco com um parceiro agressor, por exemplo.


Por meio dos treinos, as mulheres aprendem a superar obstáculos físicos e mentais, adquirem coragem e confiança em si mesmas, equilíbrio emocional, mudam a postura frente à vida, a si próprias e ao seu oponente.


Quando as mulheres descobrem que, apesar de não terem a mesma força física do homem, elas são capazes de se defender de forma simples, com movimentos rápidos e eficientes, elas adquirem confiança, se não para se defenderem, ao menos para efetuarem uma denuncia.

O Krav Maga mostra à mulher que ela pode fazer parte da solução para as agressões a ela e a seus filhos e, com isso, ela muda a sua postura frente ao risco.


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