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Apoio é fundamental

Depressão pós-parto atinge cerca de 20% das mulheres

Redação Bonde
28 mai 2013 às 16:22

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- Reprodução
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A gestação e o pós-parto podem ser considerados um período temporário de crise para a mulher. Inicialmente, porque o parto faz com que a mulher assuma um papel novo – o de mãe. Além disso, a chegada de um bebê altera a composição familiar, a situação socioeconômica da família e prevê mudanças na vida da mulher e do casal. "Mesmo muito bem amparada por familiares e equipe multiprofissional competente, a mulher vivencia momentos de temor e de ansiedade no parto. É por isso que modificações intra e interpessoais desencadeadas pelo parto podem se refletir no pós-parto", explica médico Eder Viana, do Hospital Amparo Materna.

Dados da literatura apontam que a depressão pós-parto atinge cerca de 20% das mulheres. Mas essas alterações comportamentais surgem após a alta da maternidade. Por isso é importante os familiares ficarem atentos às recém-mamães. O médico classifica a depressão pós-parto em três grupos:

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Síndrome da tristeza pós-parto

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Muito conhecido como "Blues Puerperal", derivado do gênero musical norte americano, consiste em alterações do humor com tendência a depressão. Entre os principais sintomas estão a tristeza e choro sem justificativas conflitante com um bebe saudável. "Esta ambivalência na maioria das vezes não é compreendida pela família", conta o obstetra. Nesta fase é importante o apoio incondicional e o obstetra deve ser contatado para uma melhor avaliação do caso. O blues inicia-se nos primeiros dias do pós-parto e dura aproximadamente quinze dias na maioria dos casos.

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Depressão puerperal


Possui sintomas mais intensos, como instabilidade emocional, irritabilidade , depressão ansiosa , anorexia, insônia, auto avaliações negativas e reprovações. "A mãe não se considera competente para cuidar de seu filho. Críticas negativas de seus familiares podem agravar os sintomas", explica Viana. Nestes casos, o suporte de um médico psiquiatra torna-se fundamental no seguimento e muitas vezes o uso de medicações se torna imperiosa. "São casos mais duradouros que o Blues e que podem se tornar mais crônicos, impactando no desenvolvimento emocional da criança", avalia o médico. Nestes casos, a mãe deve ver vigiada o tempo todo que estiver com o bebê.

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Psicoses


São casos gravíssimos onde ocorre uma ruptura com a realidade. São comuns alucinações, depressão grave, agitação severa, delírios, severas alterações do pensamento. "Nestes casos o risco de agressão ao filho e real. Existem registros de morte do recém-nascido por parte da mãe", pondera Viana. Este evento é mais comum na primeira gestação, em gestantes que tiveram surtos antes da gravidez e em mulheres com história familiar de doença mental. O tratamento deverá ser conduzido por um psiquiatra clínico.

Serviço:
Hospital Amparo Maternal (www.amparomaternal.org)


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