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Entenda a diferença

Conheça mitos e verdades sobre a dor de cabeça

Redação Bonde
20 ago 2012 às 09:23

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- Reprodução
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Em todo o mundo, estima-se que cerca de 90% das pessoas sofrem ou sofreram de dor de cabeça, de acordo com um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), mais de 138 milhões de brasileiros são acometidos pelo incômodo. As mulheres são as que mais sofrem com a doença - 76% relatam pelo menos uma dor de cabeça ao mês, enquanto 57% dos homens têm a mesma reclamação. De todas estas pessoas, 31% precisam de tratamento médico por causa da incapacidade que as dores provocam.

Como atinge grande número de pessoas, essa doença tão popular inspirou a criação de muitas lendas para explicar suas causas. Por isso, o laboratório farmacêutico Takeda, fabricante de um dos analgésicos para dor de cabeça mais consumidos no Brasil, esclarece alguns dos mitos e revela as verdades sobre as dores de cabeça. Confira:

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Chocolate e dor de cabeça

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Mito e verdade: muitas pessoas acham que chocolate causa dor de cabeça, mas existe uma justificativa para essa associação. Na fase anterior ao início da dor de cabeça, chamada de pródromo, sintomas como bocejos, sensibilidade à luz e barulho ocorrem junto com a vontade de comer doces, principalmente chocolate. No entanto, vale lembrar que o chocolate pode desencadear crises em algumas pessoas que sofrem com enxaqueca. O doce contém cafeína e uma substância do tipo amina, com ação sobre o calibre dos vasos sanguíneos, chamada feniletilamina. Essas substâncias podem deflagrar episódios de enxaqueca em determinados pacientes.

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Dor de cabeça forte é enxaqueca


Mito: uma dor de cabeça forte não pode ser considerada enxaqueca. A intensidade da dor não possui nenhuma ligação direta com o diagnóstico da doença. Não obrigatoriamente uma dor de cabeça forte é característica específica da enxaqueca. Outras doenças também podem cursar com dor de cabeça em diferentes graus de intensidade.

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Toda enxaqueca é genética


Mito: existe apenas um tipo de dor de cabeça de origem 100% genética, que é chamada de enxaqueca hemiplégica familial – um sintoma que acompanha perda de força em um lado do corpo. Para os outros tipos de enxaqueca, não existe a relação genética. O que acontece é que a enxaqueca afeta cerca de 20% da população; por isso a maioria das pessoas que sofrem com enxaqueca tem algum familiar que também convive com o sintoma, por mero acaso, atribuído à própria estatística alta.

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Dor de cabeça vem do fígado


Mito: pessoas mais sensíveis podem desencadear crises de enxaqueca ao ingerir alguns alimentos específicos, como os que possuem grande quantidade de cafeína, o que não tem nenhuma relação com a digestão. O fígado e estômago não são responsáveis diretamente pela enxaqueca. O que ocorre muitas vezes é que as sensações desagradáveis de indigestão, enjoo e vômito causadas pela crise de enxaqueca fazem com que as pessoas pensem que a causa é digestiva ou alimentar.

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A falta do uso de óculos pode dar dor de cabeça


Mito: apenas o astigmatismo - uma deficiência visual caracterizada pela visão fora de foco provocada pela curvatura anormal da córnea - pode provocar uma dor de cabeça forte nos momentos em que se fazem esforços visuais. Por isso, a falta de óculos não pode ser o responsável por dores de cabeça que se apresentem de forma intensa, frequente, com náuseas, vômitos e de um só lado da cabeça.

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Dieta pode dar dor de cabeça


Verdade: a dieta feita de forma incorreta, sem orientação do médico e/ou nutricionista, que faz a pessoa ficar muito tempo sem comer, pode ocasionar dor de cabeça por hipoglicemia - diminuição no nível de glicose no sangue.

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A enxaqueca não tem cura


Verdade: a enxaqueca é uma doença crônica e, por isso, não pode ser curada totalmente, porém existem tratamentos eficientes que podem reduzir, em até 90%, a incidência, intensidade e duração das crises.


Saiba diferenciar


Segundo Pedro André Kowcs, neurologista do Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), há mais de cem tipos de cefaléias (termo técnico para definir a dor de cabeça), que podem ser divididas em primária e secundária. "Na primária a doença é a própria dor de cabeça, como a enxaqueca. Já a secundária é a manifestação de alguma outra doença que pode ser um aneurisma, sinusite, meningite entre outras", esclarece.


Então qual a diferença entre uma cefaléia comum e uma enxaqueca? "Na enxaqueca, a dor costuma ser forte, latejante e unilateral. Ela se agrava por qualquer tipo de atividade, seja física ou intelectual. Geralmente, ocorre ainda a fotofobia (dificuldade de olhar para a luz), fonofobia (reação negativa a qualquer barulho), náuseas e vômito", detalha o neurologista. A enxaqueca também costuma ser mais longa, e pode durar de 4 até 72 horas.


O tratamento das dores de cabeça depende de um diagnóstico do neurologista e é feito sempre de acordo com cada caso. "Para a crise de dor de cabeça há medicações específicas como os triptanos, utilizados para enxaqueca, e medicações gerais que são os analgésicos e anti-inflamatórios", explica o neurologista. Para a enxaqueca também são utilizadas medicações chamadas de antieméticos contra vômitos e náuseas. E atenção: deve-se evitar a automedicação. "Pode causar uma dependência de analgésicos, o que não leva a um tratamento adequado", alerta Pedro Kowacs.

Nos casos em que a dor de cabeça costuma acontecer mais de três vezes em um mês, há também o tratamento preventivo. "Temos diversos medicamentos, administrados de acordo com o perfil do paciente, que devem ser utilizados diariamente para que diminuir a frequência das crises", frisa o neurologista.


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