Na Síria, cerca de 7500 mulheres combatem diariamente contra o Estado Islâmico (EI). Elas pertencem ao YPJ, uma facção feminina formada para lutar pela independência do Curdistão e que faz parte do YPG, a versão síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Junto com os guerreiros curdos homens, elas lideram a coalizão conhecida como Forças Democráticas Sírias, um dos principais inimigos do EI.
Na semana passada, cerca de 210 delas se formaram no curso que as prepara para o campo de batalha, e foram enviadas a Raqqa, a capital do Estado Islâmico.
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Todas são voluntárias, e muitas nunca haviam pegado em armas antes. O grupo começou em 2012, com o intuito de defender a população curda do regime de Bashar Assad, ditador sírio. À medida que a guerra civil síria se intensificou, com a entrada do Estado Islâmico, as mulheres passaram a combater os terroristas também. Em agosto, em Raqqa, elas já resgataram centenas de civis e derrotaram dezenas de extremistas.
Raqqa é hoje o principal ponto de combate ao Estado Islâmico. Estima-se que ainda existem cerca de 2 mil terroristas e 25 mil civis lá.
Mais do que lutar contra o Estado Islâmico, as integrantes do YPG enxergam a luta armada como uma alternativa às condições de vida especialmente hostis vividas pelas mulheres no Oriente Médio, onde frequentemente são discriminadas e têm seus direitos limitados.