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Como a tecnologia transforma a moda e o consumo

17 jul 2017 às 15:10

A indústria da moda caminhou durante um longo período sem implantar novas ideias em seus sistemas. Para criar as novas coleções, as apostas se baseavam em análise da venda de coleções anteriores, com algumas pitadas de intuição sobre o que seriam os best-sellers para a próxima temporada. Em alguns casos, esperava-se a análise dos pedidos emitidos pós-lançamento para iniciar a etapa de produção. Nos casos de venda por meio de pronta-entrega, a produção era iniciada com maior antecedência para poder preencher as prateleiras. Até bem pouco tempo, esta era a fórmula que melhor garantia os resultados. Havia muitas falhas, já que essa organização poderia gerar sobras de matéria-prima, produtos encalhados nos estoques e insatisfação do consumidor.

No entanto, recentemente, o velho sistema começou a entrar em colapso em razão de mudanças revolucionárias e irreversíveis. Tais transformações têm provocado uma revisão nos antigos processos de planejamento e desenvolvimento de coleções e favorecido uma verdadeira renovação no setor. São elas: Renovação rápida de produtos imposta pelo fast-fashion, que desenvolveu o seu modelo de negócio com eficiência, com inserção de produtos novos a cada 6-8 semanas, garantindo o retorno do cliente às lojas com uma quase precisão de um relógio. Há vinte anos, nos primórdios da Internet, isto não era um problema tão grave.

Atualmente, vivemos no império da instantaneidade. A impaciência tornou-se um modo de vida, um hábito, e ninguém consegue prender a sua atenção por seis meses. E é inegável que a indústria da moda foi completamente transformada pelas redes sociais e pelo surgimento de novas plataformas. Os consumidores de agora são camaleônicos e estão treinados para acreditar que podem ter o que querem e imediatamente. Em tempos de tantas mudanças, entender e implantar novas abordagens e novos métodos não só ajudam a diminuir incertezas como também é uma forma de renovar os negócios de moda a fim de atender às novas e futuras demandas de consumo.


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