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Segundo a revista Time

Cientista brasileira está entre as cem pessoas mais influentes do mundo

Agência Brasil
25 abr 2017 às 14:17
- Divulgação/Ascom Fiocruz PE
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Entre as 100 pessoas mais influentes do mundo escolhidas este ano pela revista norte-americana Time figuram dois brasileiros. Um deles é o mundialmente conhecido jogador de futebol Neymar Jr. A outra é a médica epidemiologista Celina Turchi, de 64 anos, cientista brasileira nascida em Goiás que atua como pesquisadora convidada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco.

Citada na categoria Pioneiros, Celina, é professora aposentada da Universidade Federal de Goiás (UFG) e ganhou o título de influenciadora mundial pelo papel que desenvolveu na investigação dos casos de microcefalia e a relação com o vírus Zika. Foi ela a responsável por formar uma rede, com cerca de 30 de profissionais de diversas especialidades e instituições, reunidos no Merg – Microcephaly Epidemic Research Group (Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia). O grupo de pesquisadores conseguiu identificar como o vírus Zika e a microcefalia estavam associados em apenas três meses – em janeiro de 2016 os estudos começaram e em abril já havia fortes indícios da relação.

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No fim do ano passado, Celina Turchi foi citada na lista dos dez cientistas mais importantes de 2016 da revista Nature (uma das publicações científicas mais importantes do mundo), pelo mesmo motivo. Apesar da notoriedade no meio científico, a pesquisadora se considera apenas uma "representante" do setor, que até hoje trabalha em conjunto para responder as tantas questões ainda em aberto sobre o vírus Zika e suas consequências.

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Em entrevista à Agência Brasil, a cientista falou sobre o reconhecimento que recebe nesta terça (25), no Lincoln Center, em Nova Iorque, defende a manutenção de recursos para o meio científico, opina sobre o setor público de saúde no Brasil, além, é claro, de comentar sobre o assunto que lhe rendeu fama internacional: o vírus Zika e a síndrome congênita causada por essa arbovirose.

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Ao ser chamada de "representante brasileira em listas de pessoas que fazem diferença no mundo, Celina comentou: "É isso que eu me sinto, uma representante do grupo de investidagores e profissionais de saúde brasileiros que se empenharam tanto, desde o início dos acontecimentos extraordinários, do ponto de vista científico, que ocorreram no Brasil no segundo semestre de 2015 e que estamos acompanhando até agora".


A cientista ainda comentou sobre o reconhecimento que vai receber a ciência brasileira em nível internacional. "Eu acho que todo o reconhecimento de algum dos pares é bem-vindo, porque traz à tona essa possibilidade de visibilidade. Normalmente o grupo de cientistas almeja, quando muito, o reconhecimento entre os próprios cientistas. Dificilmente existe esse reconhecimento social. Mas eu acho que esse reconhecimento é importante principalmente em momentos onde se há menção de retirada de recursos para a pesquisa. Para que se entenda que a manutenção e o aprimoramento de instituições de ensino e pesquisa públicas, não só no Brasil, mas no mundo, são essenciais para dar respostas a ameaças em saúde, como essa que ocorreu".

A cientista também comentou sobre o setor público de saúde no Brasil: "Eu acho que as evidências que tivemos nessa epidemia é que o setor público de saúde do Brasil, não só de atendimento, como de pesquisa, ele têm áreas de excelência. Basta lembrar que os primeiros casos foram notificados por neurologistas, a doutora Ana Van der Linden e a doutora Vanessa Van der Linden, que trabalhavam em hospitais públicos do Recife. Também teve a contribuição enorme do doutor Carlos Brito, um médico infectologista que formulou essa primeira hipótese, da possibilidade de que uma epidemia [de Zika] pudesse estar causando microcefalia. E a quantidade de pesquisadores que tinham uma experiência, um trânsito internacional muito grande com laboratórios produzindo antígenos, testes laboratoriais que pudessem ser aplicados. Então, eu vejo que a manutenção de institutos de saúde públicos, de centros de excelência no país, isso é parte esssencial até de uma estratégia de segurança. Porque as epidemias, principalmente de saúde pública, são uma ameaça local e podem ser uma ameaça global, como foi essa, que ainda persiste. E também por uma de redução do impacto econômico que as epidemias causam, acho que a gente tem que no mínimo manter e reforçar essas instituições e a formação de pessoal.", conclui.


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