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Polêmica

Academia Americana de Pediatria recomenda contraceptivos de longa ação para adolescentes

Redação Bonde
20 out 2014 às 08:18

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- Reprodução
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A Academia Americana de Pediatria acaba de recomendar o uso de métodos de longa ação, como o implante contraceptivo subcutâneo e o dispositivo intrauterino (DIU), como opções de primeira linha para evitar a gravidez não planejada na adolescência. As novas diretrizes foram publicadas no fim de setembro na revista Pediatrics. A indicação está em consonância com as diretrizes de outras sociedades médicas, como o American College of Obstetricians and Gynecologists.

São duas as razões para essa recomendação: por serem de longa ação, esses métodos oferecem proteção contra a gravidez em longo prazo, podendo durar até três anos (implante subcutâneo), e de cinco a 10 anos (DIU, dependendo do modelo). Em segundo lugar, há a alta eficácia: cerca de 99% no uso típico dos métodos.

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Diferentemente da pílula, tanto o DIU quanto o implante contraceptivo não exigem disciplina da mulher, pois não são de uso diário. Além disso, como não são ingeridos, a eficácia é garantida mesmo em caso de vômito ou diarreia. Esses contraceptivos podem ser interrompidos a qualquer momento, caso haja a vontade de engravidar, recuperando a fertilidade preexistente de forma rápida logo após a remoção.

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"A recomendação está de acordo com estudos que mostram que os métodos que dependem da administração diária da usuária podem ser suscetíveis a falhas, principalmente entre as mulheres mais jovens", diz a Dra. Cristina Guazzelli, ginecologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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O implante subcutâneo é um bastonete de 4 cm de comprimento com apenas um tipo de progestagênio em sua composição. O hormônio é liberado gradualmente, impedindo a ovulação. Deve ser inserido pelo médico abaixo da pele do braço com anestesia local. Já o DIU é implantado pelo médico no útero, onde libera pequenas quantidades de cobre ou o de hormônio progestagênio, dependendo do modelo. Como nenhum dos métodos previne contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), a Academia Americana de Pediatria também recomenda o uso da camisinha em todas as relações sexuais.


Dados sobre gravidez na adolescência

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Do total anual de 7,3 milhões de novas mães adolescentes, 2 milhões têm menos de 15 anos. Se persistirem as tendências atuais, o número de nascimentos advindos de meninas com menos de 15 pode chegar a 3 milhões por ano em 20301.


Todos os dias, 20 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz em países em desenvolvimento e cerca de 200 adolescentes morrem em decorrência da gravidez precoce.

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Anualmente, acontecem até 3,2 milhões de abortos inseguros em países em desenvolvimento envolvendo adolescentes de 15 a 19 anos. Estima-se que 70 mil adolescentes em países em desenvolvimento morrem a cada ano por complicações durante a gravidez ou o parto.


Prioritariamente, são meninas com menos escolaridade e de famílias com baixa renda.

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No Brasil, em 2011, aproximadamente 27 mil meninas entre 10 e 14 anos e mais de 600 mil jovens entre 15 e 20 anos deram à luz.


De acordo com dados do IPEA de 2009, entre as adolescentes que têm filhos, 45,7% não estudam e 57,8% não estudo nem trabalham.

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Em 2012, foram gastos cerca de R$ 47 milhões com curetagens em mulheres com 19 anos ou mais. Os gastos com curetagem em adolescentes entre 10 e 18 anos totalizaram quase R$ 6 milhões e com partos, cerca de R$ 221 milhões.


Quase 70% dos jovens brasileiros não sabem o período em que a mulher tem mais chances de engravidar, 42% não sabem que a camisinha é o único método que previne, simultaneamente, gravidez e doenças sexualmente transmissíveis e quase 30% acreditam que o coito interrompido é um método contraceptivo eficaz.

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Aproximadamente metade de todas as gestações não planejadas ocorre em mulheres que estão usando contraceptivos, causado principalmente por causa da falta de adesão ou do uso incorreto do método.


20% das adolescentes utilizando pílula contraceptiva engravidam ao final do primeiro ano de uso.


As adolescentes frequentemente reincidem em uma nova gestação: dados de literatura médica apresentam 30% de reincidência de gestação no primeiro ano pós-parto e entre 25% e 50%, no segundo ano pós-parto.


De forma geral, há também outras barreiras que impedem a jovem de se prevenir, como falta de experiência, vergonha de assumir para os pais que precisa de contracepção – e, consequentemente, que já iniciou a vida sexual – e insegurança de exigir do parceiro o uso da camisinha.

Entre as jovens, uma gravidez não planejada pode ser ainda mais nociva. Além de todas as complicações comuns às outras mulheres, adolescentes que se tornam mães podem ter dificuldade para retornar à escola.


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