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Aborto de repetição tem tratamento; saiba mais

Redação Bonde
13 out 2011 às 12:16

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- Reprodução
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O aborto de repetição é detectado quando a mulher não consegue levar a gestação adiante, ocasionando perda prematura e espontânea de duas, três ou mais gravidezes consecutivas. Nos últimos anos, algumas pesquisas científicas desenvolvidas trouxeram explicações que justifiquem o problema, bem como tratamentos eficientes no combate ao aborto de repetição. Os fatores mais comuns para a causa da perda gestacional prematura são: alterações intra-uterinas, má formação, fatores imunológicos e até carência de vitaminas.

Segundo a ginecologista e obstetra Flávia Fairbanks, para todos esses fatores há possibilidade de tratamentos capazes de reverter a situação. "Tanto para casos de má formação quanto alterações intrauterinas, dependendo de uma complexidade que seja factível, é possível, através de uma intervenção cirúrgica, corrigir o problema na anatomia da mulher", afirma.

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Para a médica, no caso de carência de vitaminas, a solução é ainda mais simples. "Em alguns casos há baixa dosagem de vitamina D. A reposição pode ser feita de forma muito simples, através de ingestão de algumas gotas semanalmente em fórmulas desenvolvidas em farmácias de manipulação. Aliado a isso, também se deve, de forma moderada, expor-se ao sol, o que auxilia na fixação da vitamina D, entre outros benefícios", revela Flávia.

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Um tratamento alternativo que pode ser associado é a reposição de progesterona. "Não há nenhuma contra indicação, já que é um hormônio liberado pela própria placenta da paciente durante a gestação e que também ajuda na fixação da gravidez", declara a obstetra.


Também devem ser considerados os fatores imunológicos. A paciente pode ter problemas genéticos ou então fatores que foram surgindo ao longo da vida. "No caso do aborto de repetição, o organismo reage como se houvesse um corpo estranho e trabalha para expulsá-lo, combatendo a gestação e não permitindo que o embrião tenha a fixação inicial necessária ao organismo materno. Hoje em dia, através de exames laboratoriais, é possível detectar a medicação indicada para encapsular esses anticorpos produzidos pelo organismo de modo que eles não consigam agir de forma contrária ao desenvolvimento do embrião".

Flávia alerta para a diferença entre o aborto de repetição e a dificuldade para engravidar. "Uma coisa não tem nada a ver com a outra; o que pode ser considerado ainda mais frustrante para a mulher no caso do aborto de repetição, pois normalmente esse problema ocorre quando a pessoa tem uma expectativa muito grande em relação à gravidez, já que ainda não possui nenhum filho de origem natural. Ela consegue engravidar, gera grande expectativa e pouco depois perde o bebê. Trata-se de um problema sério, que deve ser encarado com atenção, pois existe a possibilidade de gerar problemas psicológicos e até mesmo desestabilizar o relacionamento conjugal", finaliza.


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