Muitas mães ficam preocupadas com a timidez dos filhos na faixa entre 1 e 3 anos de idade. Afinal, é normal que uma criança tão pequena tenha tanta vergonha? De acordo com especialistas, dois fatores podem influenciar nessa timidez: a genética e a dinâmica familiar.

Em primeiro lugar os pais precisam entender que assim como existem crianças mais extrovertidas existem aquelas mais tímidas e não há nada de mau nisso. Se seu filho sempre foi mais envergonhado e apegado às pessoas que mais conhece, provavelmente ele é tímido por natureza. Para identificar se há algum problema, tente perceber se seu filho ficam tímidos apenas com situações novas (o que é supernormal), ou se ele fica sempre em um cantinho e não interage com ninguém.

Uma pesquisa da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos concluiu que o comportamento da mãe pode influenciar no grau de timidez da criança. Durante o estudo meninos e meninas portadoras de uma mutação do gene 5-HTT, conhecido por aumentar a timidez, foram avaliados quando tinham dois anos de idade. Depois, as crianças passaram por nova avaliação aos sete anos, quando as mães responderam um questionário sobre seus comportamentos. Ao final, várias crianças permaneceram bastante tímidas enquanto outras já estavam mais extrovertidas. Para os pesquisadores ficou evidente que os filhos de mulheres mais solitárias e estressadas permaneceram com dificuldades de socialização.

Segundo psicólogos o papel da mãe, no entanto, vai além. De acordo com os especialistas, mães superprotetoras que querem "blindar" os filhos pequenos também contribuem para a timidez excessiva e o isolamento. A mãe da criança deve estimulá-la a brincar e conhecer pessoas novas, assim como passar confiança à criança. O mais importante, porém, é nunca pressionar seu filho para que ele tenha um comportamento que você acha ideal.

O site Baby Center Brasil, especializado em gravidez e maternidade, elaborou cinco dicas de como lidar com a timidez dos pequenos. Confira!

Procure não rotulá-lo, chamando-o de "tímido" quando o apresenta aos outros, por exemplo. Se você quer explicar por que ele está com a cabeça enfiada na sua perna, diga talvez: "Ah, não se preocupe, ele demora um pouquinho para se acostumar com pessoas novas, daqui a pouco ele conversa com você".

Vá brincar junto com ele no começo -- numa festa de aniversário, por exemplo. Quando sentir que está mais à vontade, vá se afastando aos pouquinhos.

Não faça pouco dos sentimentos dele, mostre que você entende que ele esteja desconfortável naquela situação.

Sempre que ele se esforçar para conversar com alguém ou brincar com um amiguinho, incentive-o, elogie-o e mostre como a brincadeira está divertida. Um amigo ou um irmão mais expansivos são um ótimo jeito de fazê-lo se soltar mais.

Procure lugares mais calmos ou com menos crianças para que ele não se assuste e "trave" logo de cara. Chegar cedo a festinhas de aniversário é uma boa dica. E, se ele não conseguir participar da apresentação de teatro da escola, procure não se frustrar. Imagine como você ia se sentir se estivesse diante daquela gente toda olhando para a sua cara.

(Fonte: Crescer e Baby Center Brasil)