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Veja 6 mitos e verdades sobre reprodução assistida

03 fev 2014 às 08:47

Constituir uma família, vivenciar os bons momentos de uma gravidez, ver os filhos crescendo e aproveitar momentos únicos de alegria com os pequeninos correndo e brincando pela casa, é o sonho de muitos pais. No entanto, nem sempre isso pode se tornar real por meios naturais, o que leva muitos homens e mulheres a procurarem ajuda médica especializada. Após tomarem esta decisão, é comum que inúmeras dúvidas apareçam, afinal, a reprodução assistida compreende técnicas diferentes e que estão, a todo momento, se aperfeiçoando.

Para esclarecer um pouco mais as dúvidas que permeiam o assunto, a ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dra. Paula Bortolai, fala sobre alguns mitos e verdades.


A idade da mulher é o maior fator de prognóstico para se conseguir uma gravidez.


VERDADE. A idade da mulher deve ser considerada quando se decide calcular as possibilidades de gravidez de um casal. Isto porque, a idade afeta tanto a quantidade, quanto a qualidade dos óvulos. A partir dos 35 anos, a fertilidade feminina começa a cair bruscamente e as chances de engravidar após os 40 anos são muito menores, além de maiores chances de malformação e abortamento. Se a mulher pensa em ter filhos somente após esta idade, é essencial que converse com seu médico para avaliar a possibilidade de criopreservação dos óvulos.


Tratamentos de reprodução assistida garantem a gravidez.


MITO. Nenhuma das técnicas de reprodução assistida garante a gestação. Alguns métodos, no entanto, são mais assertivos. As chances de uma fertilização in vitro (FIV) resultar em gravidez giram em torno de 25 a 55% por tentativa. Já nos casos de Inseminação Artificial, as taxas variam de 10 a 18% por ciclo, e com o Coito Programado, as chances são de aproximadamente 15% por tentativa.


Usar regularmente a pílula do dia seguinte pode afetar a fertilidade


VERDADE. O uso abusivo da pílula do dia seguinte pode levar a alguns distúrbios hormonais e atrapalhar o perfeito funcionamento do ciclo menstrual. Por isso, o medicamento só é indicado em casos emergenciais e não deve ser usado com frequência.


Nos tratamentos para gravidez sempre nascem gêmeos.


MITO. Das gestações obtidas por fertilização in vitro (FIV), 70% podem ser gestações únicas, 27% gêmeos e 3% triplas ou mais. Atualmente, com a nova regulamentação do CFM, mulheres de até 35 anos recebem, no máximo, dois embriões; de 36 a 40 anos, recebem até três embriões; e mulheres com mais de 40 anos, o número máximo de células transferidas sobre para quatro. A tendência mundial é que cada vez mais se opte por transferir apenas um embrião de maior qualidade.


Mulheres atletas, que se exercitam demais, podem ter dificuldades para engravidar.


VERDADE. As mulheres que praticam exercícios físicos extenuantes podem apresentar amenorreia, ou seja, a ausência de períodos menstruais e ovulação. Isto ocorre quando o nível de gordura do corpo cai a condições inferiores às necessárias para ajudar na ovulação. Aquelas que desejam engravidar devem reduzir seus exercícios para níveis mais moderados. Há, no entanto, mulheres que, mesmo com rotina de superatletas, continuam a menstruar regularmente, mantendo a sua fertilidade.


No Brasil, é possível pagar por uma barriga de aluguel.

MITO. A prática comercial, envolvendo órgãos do corpo humano, é proibida por lei, por isso, o termo mais adequado seria Útero de Substituição ou Barriga Solidária. Além disso, é necessário que a mulher que vai gerar o bebê tenha um grau de parentesco com o casal e caso isso não seja possível o tratamento deve ser realizado após autorização do CFM. A nova regra do Conselho Federal de Medicina (CFM), determina que sejam parentes de até quarto grau, como tias e primas. As regras também determinam a permissão do uso das técnicas de reprodução assistida por mulheres solteiras ou por casais do mesmo sexo. Nesse último caso, com casais masculinos, o óvulo para procedimento precisa ser de doadora anônima.


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