Dor de cabeça pode não ser só uma dorzinha causada pelo cansaço, em alguns casos, ela é reflexo de doenças como sinusite, gripes e resfriados, ou até mesmo variações hormonais da tensão pré-menstrual. Quando esse desconforto é associado a enjoos e fotofobia, incomodo causado pelo excesso de luz, a dor pode ser considerada uma enxaqueca.
A migrânea, ou enxaqueca como é mais conhecida, é uma doença crônica neurológica, que pode ser desencadeada por fatores do dia a dia, como odores ou alimentação desregulada, e possui um diagnostico complexo, já que atualmente não existe um exame específico que detecta a doença. Segundo o neurologista Antônio Carlos Montanaro, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, o diagnóstico da enxaqueca depende de uma consulta detalhada. "Essa consulta é muito importante para que o médico avalie a rotina do paciente para detectar possíveis causas", explica.
A partir da análise do profissional, é possível sugerir um tratamento adequado, que variam de uso de analgésicos durante as crises a mudança de pequenos hábitos na rotina do paciente. Enquanto a enxaqueca é apenas controlada, sem uma cura definitiva, outros tipos de dor de cabeça têm cura quando se trata sua origem. "É importante lembrar que a cefaleia pode estar mascarando uma patologia mais severa e, sempre que aparecer, o paciente deve procurar um médico para esclarecer o que está ocorrendo", afirma o neurologista.
Mais comum nas mulheres
As reclamações de dores muito intensas das mulheres que sofrem de enxaqueca crônica têm fundamento. Estudos mostram que elas sentem três vezes mais a dor pulsante que os homens. O problema chega a afetar cerca de 20% das mulheres, contra 5 a 10% dos homens.
Existem mais de 150 tipos diferentes de dor de cabeça e a enxaqueca é uma delas. Muitas vezes confundida pelo paciente como uma dor de cabeça simples, acaba sendo subdiagnosticada e subtratada. Uma crise típica pode ser reconhecida pela dor que envolve metade da cabeça, podendo piorar com qualquer atividade física e tendo associação à náuseas e vômitos.
Apesar de mais frequente nas mulheres, homens também sofrem muito com a disfunção e acredita-se que a origem desta condição seja multifatorial. Para ajudar na prevenção, fatores de desencadeamento da dor - estímulos capazes de determinar o surgimento de uma crise de enxaqueca nos indivíduos predispostos - devem ser conhecidos pelos pacientes para que possam obter um melhor controle da doença. Confira os principais:
(Com informações da Beneficência Portuguesa de São Paulo - www.beneficencia.org.br)