O verão é a estação ideal para relaxar, se divertir e pegar uma praia ou piscina, mas nesse período é indispensável que as mulheres redobrem os cuidados com a saúde íntima. Isso porque o clima quente favorece a proliferação de bactérias, que podem desencadear doenças. "A utilização de calcinhas com tecidos sintéticos ou úmidas, por exemplo, faz com que a região fique mais úmida e mais quente, facilitando o desenvolvimento de micro-organismos nocivos", alerta a ginecologista e obstetra Erica Mantelli. A médica lista a seguir as doenças íntimas mais comuns que acometem as mulheres no verão. Anote e cuide-se!
Candidíase
Causa pelo crescimento excessivo de um fungo chamado Candida, a doença pode aparecer em várias áreas do corpo, principalmente nas mais quentes e úmidas, daí a necessidade de atentar-se ao abafamento da área íntima. Os principais sintomas são irritação, coceira intensa e corrimento esbranquiçado.
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Segundo a ginecologista, as mulheres grávidas devem ter cuidado especial com a doença, já que estão mais suscetíveis. "Durante a gestação, ocorrem alterações hormonais que podem alterar a flora vaginal. Isso pode facilitar a proliferação do fungo, causando a infecção", explica.
Tricomoníase
A infecção é causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode se hospedar na vagina e no colo uterino. Transmitida principalmente pela relação sexual, o microrganismo se desenvolve mais facilmente no calor. Coceira, ardência ao urinar, dor pélvica e corrimento amarelado são alguns dos principais sintomas.
Nesse caso, as gestantes também devem ter atenção redobrada. "Ao perceber os sintomas, a grávida deve procurar seu ginecologista imediatamente. Se não for tratada, a doença pode causar ruptura na bolsa amniótica, provocando parto prematuro", alerta Erica.
Vaginose bacteriana
A doença é causada pela bactéria Gardnerella vaginalis e tem como principal sintoma, um corrimento amarelo ou branco-acinzentado, acompanhado de coceira e odor forte. A higiene íntima inadequada, especialmente nos dias mais quentes, é um dos principais fatores responsáveis pelo surgimento da doença. "O tratamento deve ser indicado pelo ginecologista e obstetra. A mulher jamais deve se automedicar ou deixar de consultar um especialista", orienta.