Depois da altas temperaturas registradas em todo o Brasil neste verão, a chegada do outono soa como um "refresco" para a maioria das pessoas. Mas, o clima mais ameno e o sol mais fraquinho não são motivos para abolir o uso de protetores ou bloqueadores solares. E, até mesmo no inverno, a ordem é proteger a pele contra os raios solares. O alerta é da dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco. "Durante todo o ano é preciso proteger a pele dos efeitos danosos do sol como queimaduras, câncer de pele e fotoenvelhecimento", esclarece.
"Além dos raios infravermelhos, que dão a sensação de calor, temos os raios ultravioletas. Eles estão divididos em UVA – presente durante o dia inteiro, responsável pelo escurecimento (bronzeamento) da pele e por câncer de pele; UVB – mais intenso entre 10h e 16h, provoca queimaduras (eritema) e câncer de pele; e UVC – que são barrados pela camada de ozônio", orienta.
A proteção deve ser feita com filtros físicos ou bloqueadores, que são substâncias que dispersam e refletem a luz UV. Esses produtos, mais indicados para crianças, contêm na fórmula dióxido de titânio e óxido de zinco e são mais pastosos, pesados e opacos. Outra opção é usar os filtros químicos ou protetores, que absorvem radiação UVA e UVB. Os mais modernos protegem contra ambas. Sua fórmula contém benzofenonas, meroxyl XL, tinosorb M e S. Outra opção são as roupas fabricadas com fotoprotetor no tecido. Elas dão mais liberdade para crianças e pessoas que praticam esportes ao ar livre.
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Veja as dicas da dermatologista Márcia Grieco para escolher protetores e bloqueadores adequados:
Os cremes e as loções cremosas são indicadas para peles secas/normais. Já as de "oil free" e géis, para peles oleosas e com acne (não comedogênicos). Por fim, os sprays são recomendados para áreas pilosas;
Na embalagem do produto, procure a sigla PPD, que indica o grau de proteção contra os raios UVA. O ideal é que ela seja 1/3 do valor apontado no frasco para FPS (usado para proteção UVB);
Evite a seção de bronzeadores. Eles nunca devem ser usados, pois não oferecem elementos para proteção e aumentam a chance de queimaduras;
A loção pós-sol deve ser usada para hidratação. Afinal, elas não corrigem possíveis queimaduras nem o fotodanos (envelhecimento, rugas e câncer de pele, entre outros), mas podem ser usados para refrescar e umidificar a pele.
Evite a exposição ao sol entre horário das 10h às 16h, em que as duas radiações estão no pico e podem causar sérios danos à pele.
Considere ainda o uso de óculos e chapéus para proteção e lembre-se de reaplicar, a cada duas horas, seu protetor ou bloqueador.
Caso perceba que a pele está vermelha ou sinta desconforto, com a presença de bolhas, mal estar e calafrios (insolação), procure um dermatologista para medicação adequada.