Os especialistas são unânimes: o cigarro não é recomendado em nenhuma fase da vida, mas especialmente durante a gravidez e a amamentação. De acordo com a pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Sônia de Lourdes Liston Colina, durante o aleitamento materno, a mãe que fuma fica com o leite contaminado pela nicotina, que é absorvida pelo bebê, prejudicando o sono e aumentando a incidência de cólicas, náuseas, vômitos e agitação.
A médica recomenda que a mãe fumante que está grávida ou em período de amamentação redobre o esforço para parar ou diminuir a quantidade de cigarros. "A nicotina tragada pela mãe atinge rapidamente o sistema nervoso central determinando alterações na circulação fetal, dificultando as troca gasosas e a passagem de nutriente para o feto", explica a especialista.
A alteração do sono do bebê está ligada à quantidade de cigarros consumidos pela mãe. Pelo menos cinco cigarros por dia já são capazes de diminuir a quantidade e qualidade do sono da criança. "A criança que dorme pouco, em geral, torna-se mais desatenta e na fase escolar pode vir a ter prejuízos no aprendizado. A nicotina também interfere na produção do leite e no ganho de peso dos bebês", alerta a médica.
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A orientação é para que aconteça a interrupção total do fumo durante a gestação e amamentação. O aleitamento materno deve ser mantido mesmo em casos de mães fumantes que não conseguem parar, pois a amamentação previne infecções em geral e inclusive problemas respiratórios.
Localizado ao lado do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos atua em mais de 44 especialidades e conta com cerca de 780 médicos. Anualmente, realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 205 mil consultas ambulatoriais, 140 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,3 milhões de exames.