No ambiente escolar é comum vermos crianças ou adolescente num grupinho rindo, no empura-empurra ou dando apelidos a outros colegas. O que nasce de uma brincadeira inocente pode se transformar em agressão física ou moral. "As ofensas ocorrem quando a vítima está fora do padrão estabelecido por um grupo, seja seu tipo físico, modo de vestir, perfil de comportamento, ou outros fatores que o distingue", explica o psicólogo Willian Mac-Cormick Maron. É o chamado bullying, cada vez mais recorrente na escola.
O psicólogo esclarece que o termo designa um conjunto de comportamentos e atitudes agressivas, antissociais, repetitivas e intencionais a uma vítima. Um tipo de violência que pode surgir nas escolas e afetar tanto o aprendizado dos alunos quanto nas relações sociais e na autoestima.
Para debater esse tema, a Editora Luz e Vida lança em julho o novo filme da Turminha Querubim, "O Amigo Perfeito", que aborda o bullying e os relacionamentos sociais entre as crianças. "Tivemos um cuidado especial com o roteiro, estudamos a forma adequada para que os personagens da Turminha transmitissem as mensagens a fim de auxiliar na educação das crianças", conta o diretor de animação, Clovis Shimabukuro.
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O DVD vem ao encontro da necessidade de conscientizar e mostrar o problema, principalmente na escola. "O bullying sempre ocorreu. A diferença dos dias de hoje é a quantidade de casos e a intensidade da maldade dos praticantes do ato. Em alguns casos percebe-se um requinte de crueldade, por parte dos agressores e a total ausência de sanção moral ou de arrependimento", diz o coordenador pedagógico do Colégio Erasto Gaertner, Hamilton Bertassoni Alves.
O pedagogo salienta que o colégio, ainda não apresentou casos graves, mas para isso mantém um programa preventivo que conta com reflexões em devocionais diárias, palestras e temas relacionados trabalhados em sala de aula. Também há um trabalho específico com alunos envolvidos com bullying. "Quando ocorre um caso, o primeiro passo é conversar com os envolvidos e tentar resolver o problema por meio da conscientização. Caso não funcione, os pais são chamados a participar do processo", relata.
O psicólogo Willian Mac-Cormick Maron ressalva que o bullying não precisa de tratamento e sim de uma intervenção. "Tanto para vítimas como para agressores é importante ficar atento aos modelos de comportamento familiar, a permissividade, limites, negligências e abertura ao diálogo entre pais, escola e alunos".