Recentemente, o Ibope divulgou pesquisa que mostra que 55% das brasileiras procuram alternativas de tratamento para a depressão. Considerada uma doença epidêmica, em alguns casos de acordo com a Classificação Internacional das Doenças, pode ser identificada como crônica. Segundo levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa -, de 2003 a 2007, o consumo de medicamentos aumentou em 40%. O órgão constatou também que existem 130 tipos de antidepressivos comercializados sob receita médica.
Mulheres bonitas e bem sucedidas desfilam nas academias, mas o que ninguém imagina é que muitas delas não estão ali em busca do corpo perfeito. Elas querem amenizar ou acabar com os efeitos da "doença da alma", a depressão. Num mundo com 340 milhões de pessoas afetadas pela doença, dados divulgados por pesquisadores australianos no periódico Preventive Medicine revelam que os cuidados com o corpo deixam de ser apenas vaidade e tornam-se parte importante no tratamento para o resgate da qualidade de vida.
Para muitas pessoas que sofrem desse mal, o exercício físico é considerado um elemento importante no tratamento. Segundo Keli Alencar, professora de educação física da Rede Contours de Brasília, Academia para Mulheres, a sensação de bem-estar proporcionada por atividades físicas ameniza e muito, o estresse do corpo e da mente. "A liberação de endorfina provoca sensação de prazer. A mulher fica mais sociável e segura e ganha qualidade de vida", atesta.
"O exercício é capaz de promover a psicossocialização e a ativação de substâncias no cérebro, como a endorfina e endocanabinóides, que podem provocar euforia imediata e redução da percepção da dor", destaca o neurologista e diretor do Instituto do Cérebro de Brasília, Ricardo Teixeira. Para aqueles que já identificaram a doença, o especialista recomenda acompanhamento médico.
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