Durante a gestação, muitas são as causas do excesso de peso nas mulheres. Alterações no metabolismo energético, aumento do apetite devido a mudanças hormonais, razões psicológicas e mitos, como a falsa necessidade de elevar excessivamente a quantidade de alimentos, estão entre os motivos. É comum que ocorra um aumento da gordura corporal na gravidez. No entanto, isso ocorre com mais intensidade nas mulheres que já estão acima do peso no momento da concepção.
"A mulher deve ganhar de 9 a 12 quilos ao longo de toda a gestação", indica a médica nutróloga Eline de Almeida Soriano, que também é diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). "É necessário que o ganho de peso seja gradual. É possível que o metabolismo fique mais lento durante a gravidez, mas este também pode aumentar devido à demanda energética do feto", explica a médica.
O acúmulo de gordura pode trazer complicações para a saúde da gestante e do bebê. Para a mãe, os principais riscos são hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, trombose venosa profunda, riscos cardiovasculares e limitações respiratórias. No feto, o peso elevado pode alterar o seu desenvolvimento, causar macrossomia, hipoglicemia no momento do nascimento e obesidade na vida adulta.
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Segundo a médica nutróloga, atividades físicas ajudam a manter o peso. Caminhadas e hidroginástica são indicadas, mas atividades de alto impacto e musculação com excesso de peso são prejudiciais. A alimentação deve ser balanceada e equilibrada, com carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e minerais. "Frutas, legumes, verduras e cereais integrais são importantes. O sal, o açúcar e a gordura devem ser ingeridos em menor quantidade. Além disso, a grávida deve ingerir bastante água e as refeições devem ser fracionadas em uma média de seis vezes ao dia", recomenda Eline.