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Especialista orienta os pais a lidar com choros e birras na volta às aulas

Redação Bonde
06 fev 2014 às 10:44

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- Reprodução
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O período de volta às aulas é sempre de muitas expectativa para pais e filhos. Mas o que fazer quando os pequenos choram e fazem birra não querendo voltar para a escola? A especialista em comportamento humano Roselake Leiros dá algumas dicas de como os pais devem agir diante das reclamações dos filhos. Afinal, pai e mãe também ficam com as emoções à flor-da-pele neste momento e precisam ter muita paciência para superar as crises.

De acordo com a especialista, pais que encaram o filho como "coitadinho" durante as birras ou se sentam culpados pelo sofrimento da criança estão demonstrando fragilidade e insegurança.

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"Ao perceber a insegurança dos pais, a criança sente-se forte e entende que está no caminho certo para ter o que quer. Isso consequentemente cria novos comportamentos semelhantes, até em outros contextos", explica Roselake.

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Tente compreender melhor a situação. Seu filho não é coitado, você não é má. Segundo a especialista, é comum que pais e filhos tenham esse tipo de sentimento na tentativa de se preservarem do desconhecido. "É importante lembrar sempre que existem outras necessidades naturais que impõem a vocês dois estes períodos diários de separação. Isso é bom, é importante para o seu desenvolvimento profissional e para a criança, na sua sociabilização, independência e aprendizados da vida."

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A dica aqui é conhecer bem a escola, para que você possa confiar no trabalho que é feito ali e ter essa instituição como uma parceira na educação da criança.


Ser firme e sincera também é essencial, explica Roselake. "É natural a criança se sentir um pouco infeliz em ter que deixar a tranquilidade e segurança do lar ou a descontração das férias".

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Ficar envergonhada com as birras e crises também não ajudam em nada. "As pessoas, em geral, compreendem este processo de mudança de pais e filhos, principalmente os outros pais e professores. Ninguém está aí para julgá-lo. Busque experimentar alternativas, pois não existem receitas prontas. Que tal olhar nos olhos do filho e dizer que sente muito, mas que vocês dois precisam aprender a importância disso e ficarem bem? Respire fundo e diga – "calma, mamãe volta para te buscar" – e fale isso com toda a firmeza e segurança que você puder."


Sentimentos de irritação e raiva com os pequenos nesse momento também devem ser evitados. Para a especialista em comportamento humano, esse tipo de comportamento é desrespeitoso com a dor e os sentimentos da criança. "Quando a criança tem um temperamento mais forte, isso tende a inflamar ainda mais seus ânimos, aí sim acontece um verdadeiro duelo. Diferente do que se imagina, nessa hora as sensações, emoções e sentimentos que afloram na criança são sempre de desproteção/desamparo, de rejeição e de desamor."

Entenda que esse comportamento nada mais é do que uma forma de seu filho demonstrar seu descontentamento e medo, por isso, você precisa ser confiante. "seu filho deseja alguém forte para protegê-lo e não de mais ameaças. Mostre numa conversa franca, firme, mas cheia de amor que você está com ele, que ele pode confiar em você."


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