Há quem acredite que durante a amamentação a possibilidade de uma nova gravidez seja nula ou que ao tomar qualquer pílula anticoncepcional os hormônios irão interferir no desenvolvimento do bebê. O ginecologista e doutor pela Faculdade de Medicina da USP, Luciano Pompei, esclarece este mito na Semana Mundial de Aleitamento Materno, de 1 a 7 de agosto.
"Algumas mulheres podem voltar a ovular já no período de amamentação. Mesmo que tenha uma proteção natural nesta fase, ela não é suficiente para impedir uma nova gravidez. Por isso, não é raro encontramos irmãos com intervalos de até menos de um ano", ressalta o ginecologista.
Além do uso da camisinha, a mulher pode evitar uma nova gravidez usando pílulas anticoncepcionais a base de progestagênio, hormônio que não interfere na qualidade ou no volume do leite. "O estrogênio, hormônio presente na maioria dos anticoncepcionais, inibe a produção do leite. Por isso, as pílulas mais recomendadas para as mulheres em fase de amamentação são aquelas com progestagênio", explica Pompei.
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Importância da amamentação
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam que nos primeiros seis meses de vida, o bebê seja alimentado exclusivamente com o leite materno. O leite é rico em anticorpos, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e protegem contra doenças e infecções.
O período do aleitamento também é crucial para a saúde psicológica da mãe e da criança. "Trata-se de uma fase em que a mãe e o bebê criam vínculos emocionais importantes", afirma Luciano Pompei. Mesmo depois desses seis meses exclusivos de leite materno, ainda é importante que as mamães continuem a amamentar o máximo possível ou até que a criança tenha dois anos ou mais. Segundo o Ministério da Saúde, dois copos de leite materno por dia até o segundo ano de vida da criança, suprem 95% das necessidades de vitamina C, 45% de vitamina A, 38% de proteína e 3% do total necessário de energia. O leite materno também continua protegendo contra doenças como otites, meningites, diarreia e pneumonia.
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