Botox, peeling, bioplastia, lifting e inúmeras outras técnicas são utilizadas para deixar o rosto mais jovem e bonito. Mas você já pensou em utilizar a sua gordura corporal para recuperar o volume da face? A lipoenxertia é uma técnica cirúrgica capaz de restaurar os contornos faciais a partir do enxerto de gordura do corpo do próprio paciente. "O procedimento proporciona resultados significativos na parte estética e ainda pode ser utilizado em cirurgias reparadoras com o objetivo de reconstruir alguma área facial, como no caso de câncer de pele", explica o cirurgião plástico Alderson Luiz Pacheco.
A lipoenxertia também pode ser uma alternativa para recuperar regiões da face em casos de redução de camada de tecido gorduroso causada pelo efeito colateral de alguns medicamentos ou por doenças. "O tecido gorduroso retirado do paciente é proveniente de áreas que possuem gordura em excesso ou que não causará danos para a área doadora. Antes de ser injetada no local desejado a gordura passa por um rigoroso processo de preparo, que separa o tecido adiposo de outras substâncias, para então ser utilizada", esclarece Pacheco que é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Rejuvenescimento facial
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A aplicação de gordura no rosto preenche as depressões existentes na face, reduz as rugas e deixa a pele ainda mais saudável. Apesar de não haver estudos científicos que comprovem o que leva a lipoenxertia a promover o rejuvenescimento da face, alguns estudos apontam que as células-tronco adultas presentes no tecido gorduroso são fundamentais para este processo. "Essa técnica também pode ser usada em regiões com cicatrizes, melhorando as irregularidades da derme, provoca o amolecimento da cicatriz e pode deixar a área com aspecto semelhante ao da pele normal", afirma.
Cuidados cirúrgicos
O cirurgião ressalta que durante o procedimento, todo cuidado é pouco, pois quanto menos traumas o tecido gorduroso sofrer durante o processo de retirada e enxerto, melhores e mais duradouros serão os resultados. "São utilizadas pequenas cânulas, com no máximo três milímetros de diâmetro, para que possam ser feitas pequenas incisões na pele pelas quais a gordura será retirada. No momento de injetar o tecido gorduroso o cirurgião deve ficar atento para que a aplicação seja feita em áreas que o tecido esteja bem vascularizado", destaca.
O profissional deve saber identificar a quantidade de gordura necessária para preencher a área que será corrigida. Se a quantidade for excedente corre-se o risco do organismo reabsorver o tecido adiposo e o resultado esperado não ocorrer. "Dependendo da área é preciso mais de um tempo cirúrgico para que o tratamento seja satisfatório. Quando é feita a aplicação de muita gordura em um mesmo procedimento, as células adiposas têm dificuldade para obter nutrientes, já que o sangue não consegue chegar até elas, e então inicia-se o processo de absorção natural do corpo", aponta.
As vantagens do método
Pacheco aponta que a vantagem da lipoenxertia em relação a outros tratamentos que utilizam material sintético é que sua matéria-prima, a gordura, é facilmente encontrada nos pacientes – mesmo em pessoas magras -, não há dificuldades para a sua manipulação e possui mais chances de ser aceita pelo corpo. "Outro ponto positivo é que se o procedimento for feito da maneira correta os resultados são quase definitivos. Além disso, o paciente não corre o risco de sofrer alguma reação alérgica e o risco de rejeição é praticamente nulo", observa o especialista.
Manutenção do peso é indispensável para garantir bons resultados
Após a cirurgia é preciso cuidar do peso corporal, pois depois que o tecido adiposo enxertado for integrado à região ele passará a se comportar como o restante da camada de gordura do paciente. "Se a pessoa engordar os locais que possuem enxerto também aumentarão de volume e isto é considerado um resultado esperado e natural. Imagina se o paciente engordasse e algumas regiões do corpo não acompanhassem o seu ganho de peso? O corpo ficaria cheio de irregularidades, o que seria prejudicial para a estética corporal", acrescenta.
Serviço:
www.alplastica.com