Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Aquecimento global

2021 foi o 6º ano mais quente já registrado, afirmam agências dos EUA

Ana Carolina Amaral - Folhapress
14 jan 2022 às 08:56

Compartilhar notícia

- Skitterphoto/Pexels
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

 O ano de 2021 foi o sexto mais quente da história, segundo dados divulgados conjuntamente nesta quinta-feira (13) pela Nasa, a agência espacial americana, e pela Noaa, a agência de administração oceânica e atmosférica dos Estados Unidos.


"[O ano de] 2021 contribui e é consistente com a tendência de aquecimento observada a longo prazo", afirma a Nasa, em nota.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Já a medição publicada na última terça (11) pelo Copérnico, o serviço de mudança climática da União Europeia, apontou 2021 como o quinto ano mais quente desde o início dos registros.

Leia mais:

Imagem de destaque
Em nome do cantor

Funeral de Liam Payne movimentou doações para ajudar crianças com câncer

Imagem de destaque
Após acusações de má-conduta

Equipe de Trump tem primeira baixa e escolhido para Departamento de Justiça renuncia à indicação

Imagem de destaque
Beato

Carlo Acutis, o primeiro santo influencer, será canonizado em abril de 2025, anuncia papa Francisco

Imagem de destaque
Igreja católica

Papa muda regra e pede para ser enterrado em caixão simples de madeira


As agências usam diferentes modelos e linhas de base, o que resulta em números distintos. A Noaa aponta uma elevação na temperatura média global em 2021 de 0,84 ºC, enquanto a Nasa chega em 0,85ºC (valor que empata com o verificado em 2018).

Publicidade


Já o Copérnico aponta um aquecimento de 1,1°C a 1,2°C. As comparações são feitas em relação ao padrão de temperatura do período de 1850 a 1900, da era pré-industrial.


Apesar das diferenças numéricas, os três órgãos de pesquisa confirmam a tendência de aquecimento global observado nesta década. Eles revelam o mesmo padrão gráfico e mostram que os últimos sete anos foram os mais quentes da história.

Publicidade


Os recordes históricos aconteceram nos anos de 2016 e de 2020, segundo as três medições. De acordo com os dados da Nasa, os dois anos de recordes empataram, com um aquecimento de 1,02ºC.


A tendência de mudança de patamar verificada no gráfico da Nasa também é compartilhada pelas medições da Noaa e do europeu Copérnico: de 2014 para 2015, há um salto na temperatura média global. O novo patamar é mantido desde então.

Publicidade


"As temperaturas globais estão subindo em um ritmo que o planeta não experimentou em milênios. Embora os ciclos climáticos de curto prazo possam afetar o valor medido em qualquer ano, as tendências de aquecimento são muito claras e crescentes", afirma a agência espacial americana.


A análise de temperatura da Nasa mostra que o Ártico está aquecendo quatro vezes mais rápido que o resto do planeta. "Os satélites mostram um declínio de 13% na extensão do gelo marinho da região por década", diz a agência em nota.

Publicidade


A Nasa também aponta um aquecimento do oceano em taxas sem precedentes, com 2021 marcando as temperaturas mais quentes das águas e os níveis globais do mar mais altos já registrados.


"Para além dos níveis de temperatura e chuvas, precisamos lembrar que o clima está integrado a todos os outros sistemas da Terra, como água e oceanos e toda a biosfera. Então tudo é afetado com a elevação do padrão de temperatura e ele vai continuar subindo", afirma a pesquisadora Suzana Kahn, vice-diretora da Coppe/UFRJ e uma das autoras de diversos relatórios do IPCC, o Painel Científico da ONU sobre Mudança do Clima.

Publicidade


O relatório mais recente do IPCC revelou no último agosto como a elevação da temperatura média global aumenta a frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos, como chuvas fortes, inundações, secas, furacões, ciclones e ondas de calor.


Variações extremas de temperatura que aconteciam uma vez por década hoje podem ocorrer 2,8 vezes no mesmo período. O Nordeste e a Amazônia devem sofrer com períodos secos mais prolongados, enquanto o Centro-Sul deve enfrentar mais períodos chuvosos, com grandes volumes de água concentrados em até cinco dias de chuva.

Publicidade


"Há uma oscilação natural na média da temperatura de um ano para o outro, por isso os gráficos mostram um serrote virado para cima", explica Kahn.


"Os recordes de temperatura não vão se dar linearmente, um ano após o outro. Contam também fatores naturais como a erupção de vulcões, flutuações na incidência do sol e os fenômenos nos oceanos, que são os mais influentes, embora recebam menos atenção", ela cita.


Entre as influências mais conhecidas por causar variações na temperatura média de cada ano, está a dupla de fenômenos naturais El Niño e La Niña. O primeiro aquece as águas do oceano Pacífico e causa flutuações de temperatura e precipitação em todo o mundo, enquanto La Niña faz o oposto e leva a padrões climáticos que diminuem a temperatura média da Terra.


"Hoje os modelos matemáticos já conseguem separar as causas naturais e as humanas para explicar as variações de temperatura", explica Kahn.


A Nasa mediu a influência da dupla de fenômenos no aquecimento e no resfriamento da média global em cada ano. Embora 2016 e 2020 tenham empatado no recorde de anos mais quentes da história, com a temperatura média de 1,02ºC, a influência do El Niño respondeu por 0,11ºC do aquecimento médio em 2016, enquanto em 2020 seu impacto foi de apenas 0,03ºC.


Nos últimos sete anos, La Niña contribuiu para o resfriamento nos anos de 2017 (-0.01°C), 2018 (-0.03°C) e 2021 (-0.03°C).


Segundo a Nasa, o efeito do La Niña na temperatura média global se dá alguns meses depois de o fenômeno aparecer no Pacífico.


"Um evento La Niña no início de 2021 levou a um ano mais frio do que teria sido de outra forma, em particular mais frio que 2020 ou 2016 -os anos mais quentes já registrados", afirma a Nasa em nota.


"Os cientistas estão prevendo que, como o La Niña reapareceu no final de 2021, sua influência de resfriamento provavelmente afetará as temperaturas em 2022", diz a agência.

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo