Tabaco, idade, álcool, má higiene oral e próteses dentárias mal-adaptadas são principais fatores de risco para este tipo de patologia.
Os cirurgiões-dentistas exercem um papel fundamental na luta contra o câncer bucal no Brasil. De acordo com a Estimativa de incidência de Câncer no Brasil para 2006, serão registrados 10.060 casos estimados entre homens e 3.410 entre as mulheres. Os profissionais de Odontologia são agentes promotores de saúde e em seu ofício são responsáveis pela minimização de alguns dos principais fatores de risco da doença, como má higiene bucal e próteses dentais inadequadas.
O câncer de boca é uma denominação que abrange as neoplasias malignas de cavidade oral - mucosa bucal, gengivas, palato duro (céu da boca), língua, assoalho da boca e de lábio. É mais freqüente em pessoas brancas e tem maior incidência no lábio inferior do que no superior. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o fumante é também alcoólatra.
Mistura corrosiva - Os principais fatores de risco são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas. Entre outros malefícios provocados na cavidade oral, o fumo destrói as enzimas da saliva que combatem substâncias prejudiciais. Isto torna a saliva uma mistura corrosiva de compostos químicos do tabaco na boca, facilitando o surgimento de células cancerígenas.
Doença periodontal e perda dental - A literatura científica também sugere forte associação entre as várias formas de consumo de tabaco (cigarros, cachimbo, tabaco mastigável e rapé) e uma alta prevalência e severidade de doença periodontal e subseqüente perda do dente. Do ponto de vista estético, o cigarro também provoca manchas nos dentes.
Sintomas - O câncer bucal manifesta-se principalmente pelo aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam após alguns dias. Além disso, podem surgir ulcerações superficiais com menos de 2 cm de diâmetro e indolores, podendo sangrar ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. O estágio avançado da doença caracteriza-se pela dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de caroço no pescoço (linfadenomegalia cervical).
Prevenção e diagnóstico – Recomenda-se a pessoas com mais de 40 anos, tabagistas e usuários de próteses mal ajustadas e dentes fraturados evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle (exame clínico da boca) pelo menos uma vez por ano. As autoridades em saúde recomendam também a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Tratamento – Os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer da boca são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Lesões iniciais são tratadas através de cirurgia ou radioterapia – a cura pode ser obtida em 80% dos casos, segundo o INCA. Daí a importância do diagnóstico precoce. Por este e outros motivos na prevenção de doenças, visite seu dentista regularmente.
Um grande abraço a todos e até o próximo artigo!
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