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Quadrinhos na tevê

31 dez 1969 às 21:33

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Série vai abordar os personagens mais populares do quadrinho nacional
- Reprodução
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Curitiba - A conquista dos gêmeos paulistanos Fábio Moon e Gabriel Bá e do gaúcho Rafael Grampá na última edição do Eisner Awards, maior premiação do quadrinho norte-americano, inicia programação dedicada especialmente dedicada à nona arte na tevê paga. Além de tema do programa ''Urbano'', do canal Multishow, o assunto invade também a programação do Canal Brasil.

O feito inédito dos quadrinhistas brasileiros é o ponto de partida para o ''Urbano'' do final do mês. Como o programa passa por debate na web, o público pode observar o bate-papo e dar opiniões sobre o assunto no site www.globosat.globo.com/multishow. três pessoas discutem a pauta com mediação da apresentadora Renata Simões. O resultado vai ao ar no dia 28 de agosto, com uma reflexão de como as criações da nona arte influenciam o dia-a-dia das pessoas, o advento do quadrinho online e a popularidade de ícones como Superman, Batman, Homem-Aranha, entre outros.

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Já o Canal Brasil exibe a série ''Quadrinhos'', em cinco capítulos de 26 minutos, produzidos pela Ideograph. A idéia é trazer ao público a história editorial das revistas de quadrinhos no Brasil, desde o material do ítalo-brasileiro Ângelo Agostini até a criação da Editora Brasil-América, a famosa Ebal, por Adolfo Aizen.

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O capítulo de estréia, no dia 26 de agosto, mostra o início dos quadrinhos no Brasil, como a veiculação da revista ''Tico-Tico'', entre outras. A partir daí, a série explora de forma cronológica a evolução do gênero, passando pelas publicações de terror e humor entre os anos 50 e 70; o auge das propostas infanto-juvenis iniciada por Maurício de Sousa nos anos 60, avançando para o ''Menino Maluquinho'', de Ziraldo, entre outras; a fase ''contracultura'' de 70 e 80, com Angeli e companhia; e a chegada de heróis brasileiros, a exemplo de ''O Anjo'', ''Capitão Sete'', ''Judoka'', entre outros.

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TURMA DA MÔNICA JOVEM


O tempo passou, os traços mudaram mas as histórias mantinham os personagens como haviam sidos gerados, crianças. Até agora. Depois de 45 anos, Mauricio de Sousa, pai da Turma da Mônica, exibiu em julho a edição número 0 de ''Turma da Mônica Jovem'', que atualiza suas criações para alcançar público e temas mais amplos, próprios da juventude. O lançamento oficial da nova série, pela Panini Comics, deve ser anunciado na 20ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a partir do próximo dia 14, na capital paulista.

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De acordo com Maurício de Sousa, a vontade de projetar seus clássicos personagens na adolescência é antiga, tanto por parte do criador como pelo público. ''Há tempos eu tinha vontade de criar esse projeto. E muitos leitores pediam para ver a Turma mais ''crescidinha''. Depois de estudar e pesquisar muito para unir o estilo mangá com o do nosso estúdio, fiquei bastante feliz com o resultado'', comenta o autor, no site da Turma da Mônica Jovem.


Maurício, que não é bobo nem nada, aproveita a febre dos quadrinhos japoneses que invadiram o Brasil já há mais de uma década e mantém fôlego de sobra. Os traços e a narrativa seguem o estilo oriental, inclusive com o formato de revista no padrão que Panini Comics vem publicando os mangás por aqui. A capa será colorida e o miolo preto-e-branco, com maior formato e número de páginas do que as revista da Turma da Mônica.

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Nesta nova fase, Mônica está crescidinha, ao lado de seu inseparável coelhinho Sansão, que deve castigar bastante seu namorado; Cascão toma banho de vez em quando mas ainda gosta de uma ''sujeirinha'', pois não pára de praticar esportes radicais; Cebolinha faz fonoaudiologia para corrigir a fala e é aficcionado por tecnologia; e Magali luta contra a balança em sua incansável vontade de comer. Outros personagens prometem surpresas, de acordo com Maurício. ''Além da Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão, aparecem o Franjinha, a Marina e até o Anjinho'', atiça o autor.


A nova revista deve abordar assuntos que normalmente eram evitados nas publicações atuais da Turma da Mônica. ''Pretendemos abordar questões pertinentes à adolescência, como namoros, sexo e até drogas. Mas de uma maneira muito bem estudada. Como se fosse de pai para filho'', adianta Maurício.

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A primeira aventura deve estar nas bandas depois do lançamento em São Paulo, a partir do dia 16 de agosto, em todo o Brasil. A edição de estréia apresenta a turminha adolescente e já coloca o grupo contra uma rainha malvada, na aventura ''4 Dimensões Mágicas''.



LIGA DA JUSTIÇA 69

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Não é todo dia que isso acontece nas histórias seriadas mensais de revistas de super-heróis. Por isso mesmo, é preciso valorizar quando algo assim chega às bancas. ''Liga da Justiça'' nº 69 traz ao Brasil, pela Panini Comics, o conto ''Paredes'', lançado originalmente nos Estados Unidos em julho do ano passado em ''Justice League of America'' nº 11, vencedora do prêmio de ''Melhor História Curta'' do Eisner Awards 2007.


''Paredes'' mostra a luta pela sobrevivência de dois membros da renovada Liga da Justiça sob os escombros de um prédio destruído, submerso na água. O Arqueiro Vermelho, imobilizado, tenta manter a calma e controlar a situação enquanto pensa em uma alternativa de saída do apertado local, onde também se encontra Vixen, prestes a revelar o segredo que guarda desde o início dessa nova fase do grupo.

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O roteirista Brad Meltzer utiliza de todas as ferramentas narrativas -que Will Eisner não se cansava de evidenciar em suas histórias- para mostrar como um escritor de quadrinhos pode manipular a linguagem em um conto único, exibido de uma forma como somente a nona arte poderia mostrar.


Meltzer manipula o tempo e o espaço para angustiar o leitor e sugerir constantemente a sensação de claustrofobia e a gravidade da situação. As bordas, os espaços não utilizados pelos desenhos, a disposição dos balões, tudo tem sua função na narrativa. Até mesmo o plano de fuga do Arqueiro Vermelho, que seria improvável no início da história, revela-se crível depois da esperta sacada do escritor perto do fim.


Os méritos de Meltzer não ficam somente na forma, mas também no conteúdo, já que sua especialidade é desenvolver os personagens de forma dramática, acrescentar motivações e sensibilidade. É bom lembrar que tanto Vixen quanto o Arqueiro Vermelho, novatos na Liga, precisam de profundidade para ganhar o carisma dos leitores, especialmente o segundo, que tenta substitutir seu pai, o Arqueiro Verde, um dos heróis mais queridos do Universo DC.


Os desenhos de Gene Ha são perfeitos para edição, que precisava de um tom mais real e dramático do que os do brasileiro Ed Benes, adequado para a ação da série mensal mas não para este conto em especial. O resultado é uma pérola entre as histórias de super-heróis, que dificilmente trazem propostas tão interessantes quanto ''Paredes'' nas centenas de títulos mensais.


Serviço
- Urbano: ''O Mundo em Quadrinhos'' vai ao ar no dia 28 de agosto, às 21h15, no canal Multishow.
- Série ''Quadrinhos'' será exibido em cinco episódios semanais de 26 minutos a partir do dia 26 de agosto, às 21h, no Canal Brasil.
- ''Turma da Mônica Jovem nº 1'' terá 128 páginas, com capa colorida e interior preto-e-branco, no formato 16 x 21,3 cm, a R$ 5,90.
- Liga da Justiça nº 69 sai no formato americano (17 x 26 cm), com 100 páginas coloridas, a R$ 6,90.

O material citado acima pode ser encontrado em Curitiba na Itiban Comic Shop: Av. Silva Jardim, 845. Fone: (41) 3232-5367.


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