A segunda aventura da equipe mutante mais famosa do mundo - os X-Men, da editora norte-americana Marvel Comics - chegam às telonas a partir desta quinta-feira, em estréia mundial.
A sequência da mais bem-sucedida adaptação de histórias em quadrinhos para o cinema (ao lado de Homem-Aranha) chega com distribuição recorde em todo o mundo e campanha publicitária arrebatadora pela Fox Films. Só para ter uma idéia, a produção, que ultrapassou o custo de U$ 120 milhões, vai estrear simultaneamente em 60 países de 22 idiomas diferentes. Mas o que esperar disso tudo?
Wolverine continua sendo o personagem principal e desta vez estará mais animal, mais fiel as histórias que o consagraram. Inúmeros personagens que ficaram de fora - como Homem de Gelo, Pyro, Colossus, Noturno, Lady Letal, Kitty Pride, entre outros - dão as caras para saciar a sede dos fãs por mutantes. Mas nada disso e nem mesmo as incontáveis e belas cenas de ação e efeitos especiais podem garantir um bom filme. A equipe responsável pela direção de X-Men 2 parece ter percebido isso e procurou por um bom roteiro. E acertou em cheio.
X2: X-Men United, título original em inglês (que remete a 'mutantes unidos'), foi baseado na obra que revolucionou os X-Men e redefiniu o conceito da equipe para uma nova geração. A graphic novel Conflito de uma Raça (God Love, Man Kills, 1986) foi lançada por aqui em 1988 e foi tão importante para o grupo mutante que é utilizada até hoje como referência, inclusive para o filme.
A editora nacional Panini prometeu até uma reedição nacional até o fim do ano e nos Estados Unidos Chris Claremont e Brent Anderson, autores da publicação, estão desenvolvendo uma sequência para a história.
Conflito de uma Raça narra a história do reverendo Stryker, que une seus fiéis em torno de uma guerra santa: para ele, os mutantes, pessoas que nasceram com uma mutação genética - muitas vezes com dotes especiais, outras com deformidades - são obras satânicas e devem ser eliminadas.
A partir daí, o Professor Xavier e Magneto acabam unindo forças para lutar contra uma força tão potente e terrível quanto qualquer raio ou bala de canhão, o preconceito. A batalha ideológica e a premissa de que os mutantes são uma projeção de como a sociedade lida com o que é tido como fora de seus padrões transformou a história na verdadeira caracterização do que são os X-Men e os ideais pelos quais eles lutam.
Em X2, Stryker virou um general e a história ainda segue o rastro do carismático Wolverine mas, segundo o próprio diretor Brian Synger, o conteúdo que fez de Conflito de uma Raça a base para os X-Men foi mantida. Só resta agora conferir se Synger falou mesmo a verdade.
Música + Quadrinhos: Radiohead+X-Men