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O Reino do Amanhã está de volta

22 jul 2004 às 11:00

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...entre Superman e Capitão Marvel, uma seqüência espetacular com uma conclusão surpreendente
- Reprodução
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Um dia ele foi embora, o primeiro deles. Superman decidiu se aposentar e foi viver como um fazendeiro. Assim começou a queda da Liga da Justiça e o caos tomou a Terra, agora povoada por inúmeros superseres inconsequentes. Essa é apenas uma das dezenas de boas idéias que povoaram a minissérie ''Reino do Amanhã'', a melhor publicação dos anos 90 e que agora será relançada em um encadernado de luxo pela Panini Comics.

O escritor Mark Waid costuma fazer um bom trabalho de reciclagem e sempre parte de premissas simples para a construção de um roteiro bem elaborado, cheio de reviravoltas e surpresas. Seu conceito minimalista de trabalhar trouxe de volta a essência de personagens como Capitão América, Hulk e, atualmente, Superman, na série ''Legado das Estrelas''. E, para fazer ''Reino do Amanhã'', Waid partiu do mesmo principío. Inspirado pelo tom realista de ''Watchmen'' -aclamada história de Alan Moore e Dave Gibbons, que transportou os heróis para um mundo mais verossímel, mais tridimensional e cruel-, ele imaginou como seria o futuro de uma Terra habitada pelo excesso de superseres, como acontece nos universos Marvel e DC Comics.

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O herói Sandman (não o perpétuo de Neil Gaiman) morre e deixa visões estarrecedoras sobre o futuro da Terra ao pastor Norman McCay. Ele recebe a visita do Espectro -o espírito da vingança- que precisa da ajuda do mortal para julgar o mal que assola o mundo no futuro. A partir daí, McCay presencia a angústia de Superman, que decide ir embora quando Magog, um novo superser, decide matar para eliminar os vilões que tanto incomodam a sociedade. O último filho de Krypton tem sua decisão confirmada quando os humanos concordam com as atitudes de Magog, o que desencadeia uma nova ordem de super-heróis, todos com a mentalidade radical de Magog.

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Anos depois, o Lanterna Verde Alan Scott já está isolado em sua própria Terra, uma estação no espaço. Mulher Maravilha também partiu e Flash sequer é visto, tamanha a velocidade que alcançou. Os novos heróis mataram todos os vilões e, entediados, começam a degladiar-se, movidos, na maioria das vezes, pela vaidade. E os protegidos, agora, começam a temer seus defensores. É então chegada a hora do retorno da Liga da Justiça para reestabelecer a ordem.

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A arte de Alex Ross (LJA: Liberdade e Justiça) é simplesmente espetacular. Sua visão única, de personagens mais humanos, traz a realidade para o universo fantástico de forma revolucionária. O Superman está mais velho, Batman sentiu também o preço dos anos de guerra ao crime, Lex Luthor ainda faz suas tramóias. Shazam não é mais apenas o jovem Billy Batson que se transforma em Capitão Marvel. E Ross, além de recriar tudo o que está consagrado há mais de 70 anos, também incluiu dezenas de referências ao universo pop: a sala da ONU é inspirada no da ''Sala de Justiça'', dos ''Superamigos'', de Hanna Barbera; um pôster da cantora Bjork está em uma das cenas, assim como a placa do carro do disco dos Beatles; os kryptonianos do filme ''Superman II'' e até mesmo Bill Cosby estão escondidos nos quadros, só para citar algumas.


Todos os heróis estão ali, inúmeras sequências de humor, aventura e drama, muitas vezes recheadas de nostalgia e sempre com inteligência. E tudo isso tem como ápice o que seria uma das melhores passagens já criadas nas Histórias em Quadrinhos: o combate entre Superman, o invencível alienígena adotado pela Terra, contra Capitão Marvel, o Shazam, o mais poderoso de todos os mortais. A conclusão é simplesmente de emudecer até mesmo os que torcem o nariz para revistas de super-heróis em trajes colantes.


''Reino do Amanhã'' foi publicada originalmente em quatro partes nos Estados Unidos em 1996 e, um clássico instantâneo, chegou por aqui um ano depois, pela editora Abril. Agora a série terá uma reimpressão encadernada, no formato americano (17cm x 26cm), com 228 páginas, incluindo páginas extras e informações sobre a produção. A Panini Comics atrasou o lançamento, que ainda não tem previsão de preço e terá a distribuição setorizada, ou seja, deve chegar primeiro nas lojas especializadas antes das bancas paranaenses.

Música+Quadrinhos: The Killers+Reino do Amanhã


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