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O rabugento mais amado do Brasil

21 ago 2003 às 10:59

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Ele é velho, ranzinza, 'mão de vaca' e tem milhares e milhares de dólares em seu imenso cofre. Tudo bem, poderia ser confundido com centenas de outros ricaços não fosse o divertido mau-humor do Tio Patinhas, que nasceu nos Estados Unidos em 1947 e há 40 anos diverte leitores brasileiros de todas as idades.

E, para comemorar essa marca histórica da publicação de uma revista em quadrinhos no Brasil, a Editora Abril lança em dois volumes a saga do Tio Patinhas, com toda a história do quarto homem mais rico da fantasia, segundo a revista Forbes. De acordo com o levantamento da publicação, Tio Patinhas é superado pelo Papai Noel, Riquinho e o pai adotivo da órfã Anne, e sua fortuna gira em torno de US$ 8,2 bilhões (só não perguntem como foi feita essa avaliação).

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Cifras à parte, Tio Patinhas não nasceu rico e teve uma longa jornada até a construção de sua Caixa-Forte, recheada de ouro. E é justamente essa história que a edição especial conta. Da infância pobre na capital escocesa Glasgow, até a conquista de sua moeda número um, o norte-americano Don Rosa - fã confesso do criador do pato, Carl Barks, que faleceu em 2000 - destrincha os principais eventos que tornaram o menino doce num velho avarento. As referências aos Contos de Natal, Charles Dickens, são explícitas, já que Tio Patinhas sempre foi associado ao 'coração-de-pedra' que finalmente não resiste às injustiças sociais quando as vê de perto.

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A narrativa dos dois volumes é na verdade uma 'grande enciclopédia Tio Patinhas'. Don Rosa fez questão de pontuar cada um dos maiores eventos na carreira do personagem, assim como os coadjuvantes mais importantes para contar ele cresceu. Para isso, o autor precisou fazer uma pesquisa detalhada em todas as histórias escritas por Barks, o que, segundo Rosa, não teria sido assim nenhum suplício. As páginas da revista estão recheadas de comentários sobre a produção e curiosidades sobre a trajetória do personagem, assim como uma árvore genealógica, ou, no caso, ''Patalógica''.

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Rosa conseguiu fazer uma narrativa bem fluída e com a maneira Carl Barks de contar histórias: com caracterização bem simples dos personagens, sem despedício de traços, e complexas referências reais sobre as locações. Essa técnica é muito utilizada hoje por outros autores, como os produtores de Tintim, como forma de aproximar a identificação com os personagens - que tem desenhos mais limpos e fáceis de digerir - e dar ao leitor a real dimensão de onde e quando está acontecendo os eventos ali narrados aos redor dos protagonistas.


E o resultado pode ser encontrado nas bancas. Mesmo que Tio Patinhas não seja mais, há muito tempo, a revista em quadrinhos mais vendida no Brasil - hoje a molecada prefere as aventuras japonesas e a internet e alguns sequer sabem quem é o Tio Patinhas ou até mesmo Mônica e Cebolinha -, a revista continua sendo um ótimo entretenimento. Cada volume, em formatinho, tem 164 páginas ao preço de R$ 5,90 cada.

Música+Quadrinhos: Ramones+Tio Patinhas


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