Quadrinhos

Novos Titãs retornam em grande estilo

19 ago 2004 às 11:00


A nova geração de heróis têm lugar garantido mais uma vez. A editora Panini Comics coloca nas bancas a partir deste mês mais um título mensal, dedicado para os Novos Titãs, que passam por uma fase muito elogiada pelos fãs no Estados Unidos. E agora essas histórias chegam aqui.

Os Novos Titãs nasceram quando alguns heróis da Liga da Justiça, influenciados por uma força desconhecida, passaram a agir de maneira estranha. Os mais jovens resolveram unir-se, a fim de procurar Superman, e acabaram entrando em choque com um vilão alienígena. Assim, Robin, Aqualad, Dianinha (Donna Troy) e Kid Flash, juntamente com Ricardito, formaram um novo grupo, na sombra de seus tutores: Batman, Aquaman, Mulher-Maravilha, Flash e Arqueiro Verde, respectivamente.


Inicialmente, a série não trazia grandes inovações, apenas mostrava que um dia os heróis da Liga precisariam de substitutos e eles estavam ali, caso necessário. No entanto, as aventuras dos novos personagens passaram a ter histórias empolgantes com os roteiros de Marv Wolfman e George Perez, no início dos anos 80. A revista dos então ''New Teen Titans'', passaram até mesmo a rivalizar com a excelente fase pela qual passavam os X-Men, de Chris Claremont e John Byrne.


Wolfman e Perez deram mais ênfase à personalidade dos personagens e acompanharam a maturidade dos sidekicks (os coadjuvantes dos medalhões, como Robin para Batman) e criaram um universo próprio para a equipe. Em 84, com a entrada de Ravena, Estelar, Mutano e Cyborg o grupo finalmente saiu da sombra da Liga da Justiça e até mesmo Dick Grayson, o Robin, cresceu e deixou suas aventuras ao lado de Batman para se tornar o líder dos Titãs, como o Asa Noturna.


Porém, a decadência do grupo começou no início dos anos 90. As histórias de Wolfman não chegavam a ser ruins, mas, sem George Perez, a revista também deixou de lado o que mais agradava os leitores: a narrativa baseada na formação de jovens heróis. Assim, a equipe criativa decidiu colocar membros que ainda estavam se adaptando à vida na Liga da Justiça, como as versões inexperientes de Flash e o Lanterna Verde. O título continuou com a vendagem baixa e aí a DC Comics decidiu chutar o pau da barraca. Inventaram um arco com os Titãs no futuro, o que decretou de vez o fim do grupo.


Com a força de um bom roteirista, Geoff Johns, os Novos Titãs ganharam então mais uma chance. Johns trouxe de volta a idéia de um grupo adolescente que precisa lidar com seus problemas pessoais e ao mesmo tempo salvar o mundo. Nada de novo, nada demais, porém, com a simplicidade e a dinâmica que todos gostam de ver: Impulso, o garoto mais rápido do mundo, raramente escuta o que Flash tem a dizer; o Robin Tim Drake certamente será melhor que Batman; Superboy não consegue viver como Clark Kent viveu em Smallville, e por aí vai.


A primeira edição traz um resumo dos fatos mostrados na minissérie ''Dia de Formatura'' (também publicada por aqui pela Panini), que levaram à nova formação dos Novos Titãs e também dos Renegados, dissidentes mais velhos dos Titãs, como Asa Noturna e Arsenal, que decidiram atuar de forma mais independente.


Além de Novos Titãs e Renegados, a revista terá também, a partir da segunda edição, as aventuras de Aves de Rapina, com o trio de heroínas que dão uma forcinha no combate ao crime pelas ruas de Gotham City. A arte dos brasileiros Ed Benes e Alex Lei tem feito sucesso entre os gringos, principalmente devido ao talento de ambos ao lidar com as curvas das moçoilas, que passaram a ganhar alguns ''atributos'' bem tupiniquins.


A edição de estréia de ''Novos Titãs'' tem 100 páginas e a partir do segundo número passa a ter 76 páginas. A revista tem o formato americano (17cm x 26cm) e pode ser encontrada em qualquer banca, ao preço de R$ 6,50.

Música+Quadrinhos: Alkaline Trio+Novos Titãs


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