Quadrinhos

Nova série de Conan é lançada no Brasil

18 mar 2004 às 11:00


Todos conhecem ou já ouviram falar de Conan, o Bárbaro. Seja das revistas ou dos filmes do troglodita e governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. O que os fãs não sabiam até agora é como, de uma maneira mais linear em sua cronologia, ele se tornou o rei da Ciméria. Para contar essa história, a Mythos Editora traz ao Brasil Conan, a Lenda, que marca um novo início para a Era Hiboriana.

Conan foi criado em 1932, por Robert E. Howard. O escritor, na época, interessava-se bastante por aventuras fantásticas e mitologia. Amigo próximo de H. P. Lovercraft -aclamado autor de histórias de terror e suspense, criador do Livro dos Mortos, o Necronomicon-, Howard começou a desenvolver o personagem em meados dos anos 20, quando narrava contos de Salomon Kane, o Puritano.


Oito anos mais tarde, Howard então deu origem ao que seria o esboço para Conan. Kull, o Conquistador, ganhou muitos leitores e foi fundamental para a criação de outro personagem que precedeu o cimério, Brian Mak, o Picto. Somente em 1932 é que o autor conseguiu encontrar sua obra máxima. Ali nascia o mundo da Era Hiboriana do cimério Conan, o Bárbaro.


As histórias em quadrinhos logo se popularizaram nos Estados Unidos, principalmente pelo jeito simples do personagem tratar as coisas. Como é bem definido pelos escritores, ''nessa era nasceu Conan, o Cimério. De cabelos negros, olhar sombrio e espada em punho. Um ladrão, salteador, matador, dono de gigantesca melancolia e gigantesca jovialidade, ele veio para esmagar os tronos adornados da Terra sob as sandálias que calçavam seus pés''.


No Brasil, a revista A Espada Selvagem de Conan, o Bárbaro, durou mais de 200 edições, marco impressionante para o mercado nacional. Com o tempo, outras linhas temporais do personagem começaram a ser explorados, inclusive depois que Conan se tornou rei da Ciméria. Mas aos poucos a criação de Howard ia se desgastando e os escritores, assim como os ilustradores, já não eram mais tão brilhantes como em outras épocas.


Foi então que a editora norte-americana Dark Horse Comics decidiu trazer o personagem de forma mais acessível aos novos leitores e com um tratamento mais moderno para a revista. Para isso, foram convocados o roteirista Kurt Busiek (Marvels) e o desenhista Cary Nord (Demolidor), juntamente com o colorista Dave Stewart.


Busiek decidiu começar a contar a história de um jovem camponês, que se torna guerreiro e, mais tarde, viria a reinar o mundo que vive. Para isso, decidiu contar de forma seriada, assim como nas revistas de super-heróis, a cronologia do personagem. Além disso, preferiu utilizar uma narrativa mais atualizada, com a tradição literária de Howard mas com a forma mais dinâmica e visual de hoje em dia.


Já Cary Nord, que fazia um trabalho apenas regular em Demolidor, conseguiu transmitir a fantasia medieval de Conan consolidada com os ilustradores Frank Frazetta e John Buscema em outras época. Com a ajuda do colorista Stewart, as imagens parecem pinturas, muito bem trabalhadas.


A primeira edição lançada, há apenas quatro meses nos Estados Unidos, vendeu mais de 100 mil exemplares E este a revista chega ao Brasil, com o prólogo da nova série. Em Conan, a Lenda, edição número 0, os leitores poderão acompanhar a visita de um rei e explorando novos territórios. Durante essa visita em lugares inóspitos, ele acaba encontrando a estátua de um guerreiro. O rei acaba se interessando pela lenda desse bárbaro e decide saber mais sobre sua história. É aí que começa a trama.


Conan, a Lenda, em formato americano, tem um preço um pouco salgado para uma revista de 20 páginas, vendida a R$ 3,50. Mas como a idéia da Mythos é disponibilizar a série Conan, o Cimério a partir de abril, o preço deve ser mantido mesmo com o acréscimo de páginas.

Música+Quadrinhos: Napalm Death+Conan, a Lenda


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