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Kill Bill ataca também nos quadrinhos e animês

13 mai 2004 às 11:00

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A assassina O-Ren Ishii, aqui em sua versão animê
- Reprodução
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Quentin Tarantino entrou mesmo de cabeça em Kill Bill. O diretor de Cães de Aluguel e Pulp Fiction, um nerd assumido, não só realizou seu mais novo filme em dois volumes como também prepara outras extensões da história. Já escreveu um animê (desenho japonês), que deve estar pronto em breve e adiantou que pensa também em álbuns de quadrinhos.

Para os poucos que ainda não viram o filme, Kill Bill conta a história de vingança da personagem A Noiva (Uma Thurman) contra Bill (David Carradine) e sua gangue de assassinos. Uma mistura de quadrinhos, rock, seriados antigos, artes marciais e tudo o que um nerd possa pensar (Star Trek, por exemplo) estão no filme, em sequências cheias de sague -bem ao modo Tarantino- e humor negro. A película precisou ser dividida em duas partes, sendo que a primeira delas estreou recentemente no Brasil e a segunda já pode ser vista nos Estados Unidos, sem previsão para sua projeção em solo tupiniquim.

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Uma das mais elogiadas sequências de Kill Bill-Volume I é a animação que narra o nascimento da assassina O-Ren Ishii, interpretada por Lucy Liu. Extremamente violentos, os desenhos trazem uma outra dinâmica para o filme e mantêm o visual retrô, já que lembram bastante os traços japoneses do começo dos anos 80. As cenas de luta são magistralmente bem executadas, com os movimentos humanos bem estilizados, inclusive no aspecto dramático. O sucesso do animê levou Tarantino a entrar em contato novamente com o o estúdio Production I.G., famoso pelo cult Ghost in the Shell.

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Assim como em Animatrix -curta-metragens animados do universo de Matrix-, Tarantino pretende fazer um animê para introduzir os telespectadores à história de Kill Bill. A trama do desenho giraria em torno da origem da Bill e como ele se tornou ardiloso e mortífero. Assim como nas animações dos dois volumes, o diretor escreveria a história mas deixaria o resto por conta da Production I.G. O lançamento do animê também seria uma estratégia de marketing para a venda de DVDs e VHS, além de levar o filme para uma audiência maior.

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A surpresa sobre os projetos de Tarantino para Kill Bill são em relação aos quadrinhos, já que o diretor havia afirmado anteriormente que, apesar de sua grande admiração, jamais faria um roteiro para a nona arte. Parece que a coisa mudou e agora ele ficou entusiasmado com a possibilidade de lançar graphic novels (álbuns de luxo) sobre os personagens. O primeiro deles seria, possivelmente, sobre a Noiva e, segundo Tarantino, ''a graphic novel seria no estilo Frank Miller''.


Miller, autor de Sin City (que também será levada para os cinemas pelo cineasta Robert Rodrigues, seguidor de Tarantino) e Cavaleiro das Trevas, com certeza foi fonte de inspiração para uma das cenas de luta de Kill Bill, em que a Noiva detona vários oponentes em uma sala escura, apenas com uma iluminação quadriculada no fundo. Outra curiosidade sobre a influência de quadrinhos no filme é uma rápida citação a Clark Kent e Superman no Volume II.


Enquanto Tarantino decide destilar sua deliciosa cultura pop inútil também nos quadrinhos e no animê, o negócio mesmo é ver e rever Kill Bill - Volume I e tentar encontrar, a cada projeção, alguma referência sobre quadrinhos ou filmes e seriados antigos. E, é claro, aguardar ansiosamente pela conclusão.

Música+Quadrinhos: Demented Are Go+Kill Bill


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