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A queda dos Vingadores chega ao Brasil

06 out 2005 às 11:00

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Um personagem querido vai morrer em outro será um traidor em "Vingadores: A Queda"
- Reprodução
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Curitiba - Há alguns anos a grande pergunta dos fãs de quadrinhos de super-heróis era sempre a mesma no início da temporada: ''qual será o grande evento do ano?'' Desde a virada do século, as editoras passaram a ignorar esses ''eventos'', que agora estão retornando com força total. E, para rebater ''Crise de Identidade'' da DC Comics, a Marvel traz ao Brasil ''Vingadores: A Queda'', pela Panini Comics.

A prática de trazer surpresas e grandes arcos por temporada começou nos anos 80 mas passou a ser usado de forma massiva no início de 90, quando o segmento estava em decadência -vide mortes de Superman e Lanterna Verde, Batman paraplégico; clone do Homem-Aranha, Wolverine monossilábico sem nariz, e por aí vai.

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Os tais ''eventos'' mostravam-se boas soluções a curto prazo mas uma grande dor de cabeça tempos depois. Explica-se: tudo acabava voltando ao que era quando eram contratados outros escritores e desenhistas para a equipe criativa. Isso deixava ''buracos'' na cronologia dos personagens e dos próprios universos das duas editoras.

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Com tantos erros, Marvel e DC acabaram aprendendo um pouco e agora contratam os artistas por vários anos, o que garante exclusividade, planejamento detalhado de projetos à longo prazo e, especialmente, coesão no universo de seus super-heróis. Isso tudo acontece em ''Crise de Identidade'', que repercutiu de forma bombástica nos títulos mensais da DC e vai culminar em ''Infinite Crisis'', outro megaevento; e em ''Vingadores: A Queda'', que levou os personagens da Marvel ao arco ''House of M''.

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''Vingadores: A Queda'' vai começar mesmo por aqui no mês que vem. Mas quem não quiser ficar boiando daqui a 30 dias, precisa comprar a edição número 20 de ''Os Poderosos Vingadores''. A série foi bastante comparada a ''Crise de Identidade'' nos Estados Unidos porque tem, basicamente, os mesmo ingredientes: morte de personagens, traição de um dos membros do grupo, reformulação de equipe, antigos segredos vindo à tona...


Os desenhistas cumprem bem o papel. A Marvel escalou seus ''Young Guns'' (algo como ''jovens promissores'') para ''A Queda'' e fez bem, porque todos são bastante competentes e trouxeram um diferencial para os quadrinhos de heróis. Na edição deste mês, por exemplo, o artista é o francês Olivier Coipel, que enriquece a caracterização dos personagens com mais detalhes em seus movimentos. David Finch, seguidor de Marc Silvestri (Wolverine, X-Men, Darkness), evoluiu seu traço e é um dos melhores para sequências de ação hoje em dia. Jim Cheung trouxe toda sua boa capacidade de síntese e regularidade para o arco.

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Em geral, a série é boa devido ao roteirista sensação Brian Michael Bendis (Demolidor, Powers, Alias) e seus textos com força dinâmica única no mercado atualmente: ele une boa fluência e narrativa, com a intuição de um cineasta e a velocidade das melhores minisséries televisivas. Em certo momento de ''A Queda'', o escritor soa um pouco mais pretensioso do que em seus outros projetos e a conclusão chegou a irritar os mais puristas fanboys do universo Marvel, mas vale a leitura.


Watchmen - É a terceira vez que a série é lançada no Brasil. É importante dizer que isso não é demais. Não, porque se trata de um clássico e, como tal, é imortal e sempre bem recebido. Desta vez, a Via Lettera encadernou todos os doze números em quatro volumes, com três edições da maxissérie original em cada.

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Para o cidadão que gosta de quadrinhos mas nunca ouviu falar, aí vai um novo resumo: Watchmen une toda a paranóia da Guerra Fria e projeta o mundo dos super-heróis em nossa realidade. Isso tudo com uma trama muito bem costurada, na visão calculista, inteligente e sarcástica de Alan Moore. E, claro, destaque também para as sequências cinematográficas do ilustrador Dave Gibbons.


Se a republicação do clássico é sempre uma boa pedida, a razão disso acontecer parece ter se perdido um pouco nessa reimpressão: as revistas foram simplesmente encadernadas, sem muitos atrativos para quem já leu e tem as edições antigas. Os volumes poderiam ter capa envernizada, a tradução poderia ser revista em alguns pontos, as cores continuam em alguns momentos com aparência fosca ou ''desbotada'', não há comentários ou informações adicionais (como costuma acontecer, para complementar o enredo da obra), entre outros detalhes, pequenos, mas que fazem dos nerds pessoas mais felizes.

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Serviço: ''Os Poderosos Vingadores'' tem formato americano 17 x 26 cm, com 100 páginas, ao preço de R$ 6,90. ''Watchmen'', volume I, tem 124 páginas, no formato americano e custa R$ 42.


Ambas as publicações citadas acima podem ser encontradas em Curitiba na Itiban Comic Shop: Av. Silva Jardim, 845. Fone: (41) 3232-5367.

Música+Quadrinhos: The Cramps+Os Poderosos Vingadores


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