O público é formado por pessoas que querem fugir da burocracia do financiamento bancário, em especial profissionais liberais
Comprar pagando em prestações fixas sempre foi atrativo aos brasileiros. Durante muito tempo, o anseio dos consumidores de que esta oferta chegasse à casa própria era grande, mas não acontecia em função da conjuntura econômica. Em 2006, no entanto, diversos bancos passaram a oferecer a opção do financiamento da casa própria com juros fixos (de 1% a 1,7% ao mês) e prestações que não se alteram até o final do contrato.
Percebendo esse nicho de mercado e aproveitando a estabilidade econômica que permite essa situação, a construtora J.A. Baggio passou a oferecer um parcelamento na construção de imóveis personalizados (com projeto, localização e acabamento segundo as indicações dos clientes). O plano permite o parcelamento com juros de 0,9% fixos ao mês, num prazo de até 72 meses.
O parcelamento fixo, pioneiro entre construtoras desse segmento, já está dando resultados e fechando os primeiros contratos. O engenheiro mecânico Luiz César Andriolli viu vantagens no sistema e contratou a construção de seu imóvel, uma casa de cerca de 200 m². "Pesquisei bastante e além das parcelas fixas, decidi também pela comparação de taxas de juros, que são competitivas. Além disso, me atraiu a ausência de outras taxas, que nos bancos acabam onerando e aumentando os juros reais", explica ele.
José Américo Baggio, diretor da construtora, explica que o cliente da empresa é bastante diferenciado. "Normalmente, é mais exigente do que aquele que procura os bancos. Ele quer mais flexibilidade no pagamento e menos burocracia tanto na contratação quanto no desenvolver da obra". O público-alvo do parcelamento é formado em especial por microempresários e profissionais liberais, que habitualmente sofrem com a burocracia do sistema financeiro.
Diferentemente dos bancos, na construtora o cliente pode prever pagamentos mensais, semestrais ou anuais. Com o parcelamento fixo, é mais fácil planejar a organização financeira da família. "A idéia é viabilizar a obra do cliente. Normalmente, trata-se de um grande sonho que a pessoa busca realizar e temos possibilidade de compor um cronograma financeiro adequado aos recebimentos daquele profissional", observa José Américo.