De janeiro a outubro deste ano o Paraná exportou mais de US$ 564 milhões em carne de frango e derivados – um crescimento de 54% em relação ao mesmo período de 2003. Com isso o estado bate mais uma vez o recorde de vendas e de aumento nas exportações. Entre os fatores que contribuíram para o crescimento estão a alta qualidade do produto perante o mercado internacional e o fácil escoamento pelos portos paranaenses.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Abatedouros e Empresas Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, este crescimento é resultado da situação privilegiada do Paraná em alojamento e qualidade do frango produzido. "Todos os meses as empresas paranaenses recebem comitivas de outros países interessadas em comprar nossos produtos", afirma Martins. Segundo ele, o mercado asiático é o principal consumidor, principalmente Japão e Arábia Saudita.
Ele destaca ainda a importância de acordos comerciais firmados pelo governo federal com outros países, o que deve fortalecer o setor paranaense. "Em especial a China, que é um mercado bastante promissor. Afinal, serão mais de 1,5 bilhão de consumidores." Até então apenas Hong Kong recebia carne de frango do Brasil. "Esperamos ampliar nossas relações comerciais ainda este ano", afirma.
O Paraná foi o Estado que mais contribuiu para o crescimento das exportações brasileiras de frango este ano (aumento de 52,9% sobre período de janeiro a outubro de 2003). De acordo com Martins, um dos destaques das empresas do Paraná é que a maioria está investindo na ampliação da estrutura física e do plantel. Martins destaca ainda a política de sanidade do Paraná: uma recente parceria com o governo do estado busca rastrear (por meio de equipamentos GPS) todas as regiões avícolas do estado e assim garantir a sanidade da produção.
Abates
As indústrias avícolas do Paraná devem fechar o ano com um aumento de 14% na produção, sobre 2003. No mês de outubro, foram abatidas 7,8 milhões de cabeças, mantendo o ritmo de produção de meses anteriores. Em outubro, o destaque da produção fica por conta das festas de fim de ano. No mês passado, o abate de perus cresceu 33% em relação a setembro do mesmo ano.