Programa habitacional amplia o número de brasileiros aptos a se inscrever e aumenta a demanda das construtoras e incorporadoras
As medidas anunciadas pelo governo federal para o Minha Casa Minha Vida foram recebidas de maneira positiva pelo mercado imobiliário. Sobre as novas regras, as principais entidades do setor já se pronunciaram favoráveis e as construtoras e incorporadoras estão animadas com as alterações. Para este ano, o programa habitacional ficou mais flexível, ampliou o acesso dos brasileiros. Um número maior de residências poderá ser custeado devido ao reajuste nas faixas de renda e no limite de financiamento. A meta é chegar a 610 mil unidades em 2017.
Rafael Henrique Rosa (foto), sócio da ATR Incorporadora, com sede em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, assinala que o segmento percebe firmeza na manutenção do programa pelo governo federal e uma preocupação com a construção civil. As alterações prometem impulsionar o segmento da construção civil, além de impactar a economia, gerar emprego e, sem dúvida, conceder a oportunidade de incluir novas famílias brasileiras ao programa.
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"O aumento do valor do imóvel, que em Curitiba passa de R$200 mil para R$215 mil, e em São José dos Pinhais sobe de R$180 mil para R$190 mil, ajuda muito no sentido de trazer os empreendimentos do programa para os bairros com maior estrutura pública e mais próximo ao centro das cidades", acentua Rosa. Para ele, este é um norte muito interessante que pode ser identificado nessas mudanças, observa. "Faz muito sentido e gera um impacto muito positivo, tanto na qualidade dos imóveis como na localização", coloca. A ampliação do limite da renda também permite acesso às taxas de juros subsidiadas do programa a um número maior de pessoas, que antes precisavam se enquadrar em outras modalidades de financiamento mais caras, completa.
Além de reaquecer o mercado da construção civil, Rosa acredita que as mudanças trarão benefícios imediatos para as incorporadoras. "A escassez de terrenos próximos ao centro das cidades fazia com que os empreendimentos fossem lançados em bairros afastados. Agora as empresas poderão construir prédios e casas com melhor localização e, consequentemente, com maior demanda sem ter que deixar de atuar dentro do programa", ressalta.
Os empresários do setor aguardam um crescimento na demanda por causa da mudança na faixa de renda para aquisição do imóvel. "Quem ganhava entre R$ 6,5 mil e R$ 9 mil não poderia participar do programa e, agora, poderá integrá-lo", afirma. Rosa avalia que os participantes são em sua maioria casais, comprando seu primeiro apartamento. "E essa faixa é para a soma das duas rendas que compõem o financiamento, ou seja, era muito comum o limite ser ultrapassado ao somarem-se os dois salários", presume.
Rosa acentua que as medidas anunciadas pelo governo federal para o programa habitacional vêm dar força à expectativa de retomada do mercado imobiliário. "Somam-se a ela a queda no número de unidades em estoque e os preços reprimidos", espera. "Junto aos diversos indicadores econômicos que nos fazem acreditar que estamos realmente rumo à outra margem, onde há espaço para um mercado imobiliário novamente em expansão", arremata.