Começa a operar em Curitiba a Lilibox, primeiro aplicativo multimarcas do Brasil que atua como intermediário entre o consumidor e consultoras de cosméticos. A ideia inédita no país é aproximar o cliente final de consultoras de cosméticos, sem interação humana e com pronta entrega efetuada no mesmo dia da compra.
O lançamento acompanha o comportamento atual do consumo de produtos de beleza: o Brasil é o terceiro maior mercado mundial, atrás da China e dos Estados Unidos. E a expectativa é que o setor aumente o faturamento já no segundo semestre de 2016, com taxas crescentes para os próximos quatro anos.
A plataforma inicia com cinco marcas como carro chefe – O Boticário, Natura, Mary Kay, Avon e Eudora –, mas a meta é ampliar o portfolio e tornar a Lilibox uma grande loja de departamento online, com atuação em 12 cidades no próximo ano (iniciando pela capital paranaense, seguida de São Paulo), registro de 1 milhão de pedidos até dezembro de 2017 (atendidos por 130 mil revendedoras) e contabilizar R$ 7 milhões de faturamento.
O desenvolvimento do app – iniciativa dos sócios Rafael Luciano (formado em Marketing/Gestão de Negócios) e Guilherme Pallaoro (formado em Ciências Contábeis/Gestão Financeira) – demandou um investimento inicial de R$ 100 mil e levou cerca de quatro meses, entre a formatação da proposta, criação do software na linguagem nativa (para funcionar perfeitamente seja em android, iphone ou web) e contratação de equipe própria para gestão e suporte da tecnologia, situada em Curitiba (PR).
Por dentro da Lilibox
A Lilibox permite ao cliente escolher o produto (tudo que integra o catálogo da marca está espelhado no aplicativo) e a forma de pagamento, seja cartão de crédito via aplicativo ou diretamente à consultora. É possível escolher também o endereço, data e horário da entrega. O sistema recebe a solicitação do cliente e envia a todas as revendedoras cadastradas – atualmente, são mais de 1 mil no Paraná e em São Paulo. A primeira consultora que atender todos os critérios informados pelo cliente aceita o pedido de compra e realiza a entrega.
O público alvo da Lilibox são consumidores que possuem smartphone, já familiarizados com compras online e com aplicativos que atuam como intermediários – como 99 Táxis, Airbnb, Ifood, Uber –, residentes em 127 cidades do Brasil. "Este é um negócio que consegue capilaridade rápida e oferece uma mudança no comportamento de consumo, criando facilidade aos clientes. Da mesma forma, é uma oportunidade de remuneração extra e instantânea em um momento onde existe alto desemprego no país", diz Rafael Luciano.
O suporte da operação depende dos consultores de venda direta, número que gira em torno de 4,4 milhões em todo o Brasil. Para iniciar a operação em um novo município, é preciso 3% de revendedores cadastrados na região. "Curitiba possui mais de 15 mil revendedores e queremos atingir 7% deste total. Em São Paulo, a expectativa é de cadastrarmos 9 mil revendedores", fala.
O plano de negócios da dupla prevê o ingresso em São Paulo em novembro. Em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e demais cidades no ano que vem. A expectativa de geração de negócios é de R$ 7 milhões até o final de 2017, de R$ 14 milhões em 2018, subindo para R$ 22 milhões em 2019. "O processo de intermediário online é uma prática já consolidada no mercado e um negócio promissor pela alta taxa de retorno de investimento. A inexistência do estoque barateia o processo e acarreta nos mesmos preços aplicados pelo catálogo vigente", comenta Guilherme Pallaoro.
A Lilibox já está disponível para download na Google Play. As versões para Apple Store e Web estão previstas para outubro. Revendedoras interessadas em efetuar o cadastro devem acessar o site www.lilibox.com.br.