Os empreendimentos hoteleiros de Curitiba já prevêem uma acentuada queda nos níveis de ocupação no mês de dezembro, algo bastante freqüente neste período. Geralmente, essa queda chega a 50% do acumulado. A principal razão para isso é a diminuição das viagens de negócios e eventos corporativos – ou turismo de negócios, principal segmento turístico da cidade – a partir da segunda quinzena do mês.
Os baixos índices se estendem até o mês de janeiro, quando muitos profissionais encontram-se em férias. No entanto, é justamente na virada do "ano velho" para o novo que os hotéis conseguem reverter a queda na ocupação. Pacotes especiais e, principalmente, as famosas ceias de ano novo chamam novos hóspedes.
A gerente de hospedagem do Crowne, Luciana Zanette, comenta que o movimento verificado neste período é atípico, uma vez que o turismo de negócios estaciona. "O público muda: são famílias inteiras que vêm à cidade a lazer, recém-casados e um aumento significativo de hóspedes jovens, com idades entre 18 e 30 anos", indica.
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No ano passado, o Crowne registrou um movimento atípico, atingindo uma média de 40% de acumulado nos últimos dias de 2005. Tal índice foi atingido graças a uma iniciativa de vendas que se pretende repetir neste ano.
Ceia
Contudo, turistas são os que menos freqüentam os eventos da segunda quinzena de dezembro. Os eventos sociais (confraternizações, formaturas, casamentos, etc) que movimentam a cidade no período são freqüentados quase que exclusivamente por cidadãos de Curitiba.
O mesmo pode-se perceber nas ceias de ano novo, carro-chefe de muitos hotéis. Luciana diz que na ceia de 2005, 60% do público que esteve no Crowne era formado por curitibanos e, se as estimativas estiverem corretas, neste ano a média se repetirá. "Boa parte dos turistas vêm à cidade para visitar parentes ou amigos. Os moradores da cidade é que buscam uma ocasião diferente para celebrar a data, e isso acontece na maioria das festas realizadas em Curitiba", conta.
A procura pelas ceias é grande na cidade. Opções é que não faltam e há público para todos os tipos de ofertas, das mais baratas às mais caras. "O Crowne possui um público diferenciado. Não é uma festa para um número grande de pessoas, como outros hotéis. É um grupo seleto que vem à ceia uma exclusiva, com opções exclusivas", diz o gerente geral do Crowne Curitiba, Danilo Ribeiro.
Ribeiro diz que a ceia pode gerar lucros interessantes para um hotel, mas não rebate a queda da ocupação que, mesmo tendo um pequeno salto nos dois últimos dias do ano, não ultrapassa a média de 30%. "Em 2005 conseguimos alcançar quase 40% de ocupação, algo pouco comum para o período. Neste ano não temos previsão de quanto será, mas deve girar em torno dos 25%", revela.
Pacotes
No entanto, diferenciar os pacotes ofertados aos turistas é uma saída para quem quer atrair mais hóspedes para os hotéis nesta data. Segundo Ribeiro, a experiência mostra que serviços exclusivos trazem maior rentabilidade e aumento na procura. "O Sleep Advantage do Crowne é uma mostra de como o turista visualiza serviços exclusivos e faz questão de pagar por eles", conta.
Percebendo esta atitude, o Crowne preparou um pacote especial que inclui sessões de spa, atividades físicas no fitness center e no espaço de pilates, além da ceia de ano novo e chá colonial. "Esperamos com isso, claro, atrair um maior número de pessoas, além de garantir a elas um réveillon especial", finaliza o gerente geral.