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Câncer pode ser tratado com radiologia intervencionista

22 nov 2006 às 11:00

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Tratamento para alguns tipos de câncer estão respondendo com sucesso a procedimentos realizados por radiologistas intervencionistas. Profissionais com essa especialização relativamente nova na medicina se utilizam equipamentos de Raios-X, ecografia ou outras técnicas de imagem para guiar pequenos tubos chamados de cateter e pequenas partículas que vão atuar diretamente no local do tumor. Os procedimentos incluem novos tratamentos que aliviam a dor e diagnosticam tumores, algumas vezes sem a necessidade de biópsia cirúrgica.

De acordo com o chefe do serviço de neurorradiologia intervencionista do Hospital VITA Curitiba, Alexander Corvello*, no caso de tumores de fígado, por exemplo, a remoção cirúrgica ainda é o melhor tratamento para o paciente. "Porém, infelizmente, a cirurgia é desaconselhada em casos de tumores muito grandes ou aqueles que crescem para dentro de grandes vasos sanguíneos, como a Veia Cava Inferior, ou outras estruturas vitais", explica. "Quando existem também muitos tumores, distribuídos por todo o fígado, a cirurgia torna-se muito perigosa ou impraticável", alerta.

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Apenas nos Estados Unidos, mais de 18 mil novos casos de câncer de fígado são diagnosticados por ano. O Brasil ainda não possui dados oficiais que retrate a realidade da doença. O médico revela que a remoção cirúrgica não é possível em aproximadamente 2/3 dos pacientes portadores de câncer primário do fígado e em 90% dos casos de tumores de fígado provenientes de outros órgãos (metástase).

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Os tumores primários são os que iniciam nas células do fígado. "Eles ocorrem duas vezes mais em homens que em mulheres – e acometem principalmente pacientes portadores de cirrose, devido ao uso exagerado de álcool, infecção crônica ou como conseqüência de Hepatite B ou C", explica Corvello.

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Já o tumor metastático de fígado ocorre quando células cancerígenas provenientes de qualquer parte do corpo demoram meses ou anos para serem detectadas e, antes mesmo do diagnóstico, se espalham para o fígado. "Os casos mais comuns são de metástase de fígado por tumores provenientes do cólon e reto (intestino grosso)", esclarece. "Nos Estados Unidos, cerca de 140 mil pessoas são afetadas anualmente por câncer de cólon e reto – metade destes, aproximadamente, irá desenvolver câncer de fígado. Um em cada dez pacientes terá sucesso no tratamento por meio da remoção cirúrgica dos tumores. Além disso, cerca de 70% de todas as pessoas com câncer não controlado irão eventualmente desenvolver tumores secundários de fígado", revela Corvello.

Em ambos os casos, o tratamento mais comum e utilizado é a quimioterapia sistêmica – algumas vezes com resultados parciais. Na radiologia intervencionista, atualmente, já existem dois métodos para tratar o câncer de fígado. O primeiro utiliza o próprio sistema sangüíneo através das artérias para levar a quimioterapia diretamente para dentro do tumor. Segundo Corvello, este procedimento diminui a agressão e a toxicidade que tais medicações podem causar para o resto do corpo e proporciona, ao mesmo tempo, maior contato do produto quimioterápico com o tumor.

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De acordo com o radiologista intervencionista, esta técnica é freqüentemente combinada com a embolização, procedimento no qual pequenas partículas (como um pó) são injetados nas artérias que vão nutrir o tumor, ocasionando a obstrução dos vasos sanguíneos que nutrem o(s) tumor(es) e levando a um maior contato da quimioterapia com o mesmo.

O procedimento, chamado Quimioembolização de Tumor de Fígado, é realizado através de cateterismo das artérias do fígado que nutrem o tumor (arteriografia) via pequenos tubinhos, denominados cateter. O paciente fica apenas sob anestesia local e apresenta menos reações colaterais provenientes da droga. Todo o procedimento é realizado na sala de radiologia intervencionista e o paciente fica internado apenas de 2 a 3 dias, em média, no hospital.

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Outra técnica disponível é conhecida como Ablação por Radiofreqüência e tem o objetivo de destruir o (s) tumor (es) por meio de agulha específica, queimando o tumor (com a ponta da agulha, de forma localizada, semelhante à ação de um microondas) sem que o paciente necessariamente seja submetido a uma cirurgia convencional. "Este procedimento é ideal para aqueles pacientes não candidatos à cirurgia e também àqueles com tumores com tamanho máximo de 5cm de diâmetro", revela Corvello. A técnica é realizada com a ajuda de imagens de Ultrasonografia e/ou Tomografia Computadorizada, com o paciente sob anestesia local e sedação.

O Hospital VITA Curitiba possui infra-estrutura e corpo-clínico para oferecer o que há de mais moderno no setor de radiologia intervencionista no Brasil. A equipe do hospital realiza mais de 50 tipos de procedimentos distribuídos pelo corpo, como tratamento de miomas uterinos, malformação dos vasos sanguíneos e aneurismas. "A técnica utiliza-se de pequenos cortes e atua no problema por meio de cateterismo, tornando-se assim conhecida como minimamente invasiva ou agressiva", explica Corvello. Entre as vantagens destes procedimentos estão o menor tempo de internação (e conseqüente menor gasto hospitalar) e recuperação mais rápida.

* Alexander Corvello é membro da Sociedade Americana de Radiologia (RSNA), da Sociedade Européia de Radiologia Intervencionista (CIRSE), da Câmara Técnica da Alta Complexidade em Procedimentos Cardiovasculares do Ministério da Saúde, membro fundador da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (SOBRICE), diretor do departamento de Normatização da SOBRICE. Presidiu o último Congresso Brasileiro da SOBRICE. É chefe dos serviços de Radiologia Intervencionista dos hospitais VITA Curitiba, Evangélico, Cajuru, São Vicente e Cruz Vermelha.


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