Dia desses vi uma cena rapidamente num filme, que na verdade não tive tempo de prestar atenção qual era, um locutor falando na felicidade barata. Ele falava sobre o quão feliz era ao tirar suas botas ao final do dia. Naquele momento em que se via livre do pesado calçado e colocava os pés de molho numa bacia de água quente encontrava a felicidade. A barata. Fácil e ao alcance de todas as mãos.
Chegar nesse momento em que se ache felicidade numa atitude tão fácil é um ato de sabedoria. Ora se no Brasil, estamos enclausurados em meio ao engessamento de nossas finanças ou ainda pela falta de estrutura que nosso país tem, e temos que estar bem. É uma chatice ficar chorando. É mais chato ainda ouvir os outros chorarem.
Mais fácil é curtir para valer a tal felicidade barata. Enumero aqui uma série de dicas que acho que podem ajudar os leitores a se sentirem mais felizes:
Chegar em casa ao final do dia é um momento de extrema felicidade. Imagine quando perdemos a chave ou ficamos sem gasolina ou ainda uma série de desastres que podem acontecer quando o negativismo toma conta?
Estar sem namorado(a) pode ser um momento também de grande satisfação. Imaginem os que não aguentam a misogínia de seus parceiros e não conseguem se ver livre deles? Como diz a Lei de Murphy, sempre pode piorar e quem está só pode estar em paz, o que já uma felicidade absoluta.
Para aqueles inconformados em não terem dinheiro para viajar para a Europa um bom consolo e exemplo para valorizar a felicidade é pensar em quando perdem a mala da gente. Felicidade é não estar em um aeroporto cheio de gente que não fala a nossa língua.
E por último felicidade é poder meditar ao menos 10 minutos por dia. Em alta, o hábito de tentar deixar o pensamento fluir sem nos apegarmos em nada é um grande exercício de auto-conhecimento. Ajuda a vermos e sentirmos que nada é tão importante assim que mereça nos entregarmos ao péssimo e degradante sentimento de auto-piedade. Isso sim é infelicidade pura. Ter pena de si mesmo é o fim do túnel.