Coluna da Ana Clara

Semana das bruxas soltas

29 out 2002 às 10:59

...acontecimentos que extrapolaram os limites de nossos nervos. Que tal fazer uma fé, para ver se as coisas melhoram?


Vista-se de roxo
Para começar com um toque de ocultismo na produção, não exagere. Se você for convidado para uma festa, vá diferente. Não ponha fantasias que tirem a característica de sua personalidade. Faça um ar meio drácula. Sabe aquele tipo moderno que tem no fundo do olho um toque de maldade? Bijus em formato de caveira e uma maquiagem bem pesada resolvem a parada.


Coma alguma coisa diferente
Onde funcionava o antigo Hotel Johscher existe agora o San Juan Palace. Pois bem, lá dentro há o Restaurante Barão, um espaço que funciona independente do hotel. Quem for até lá para o jantar vai encontrar um prato bem exótico: carne de Ema. A ave de pernas compridas é uma das iguarias que o chef Erasto Rodrigues faz lá.


Fuzuê
Foi no espaço que Roberto Amaral da Cunha fez para a mostra Artefacto, que a turma mais cult da cidade ficou na última sexta-feira. Amaral da Cunha desenvolveu um projeto de sala de reuniões que mescla a tradição com a modernidade e colocou um tapete que todo mundo adorou. É de vinil a peça que chamou a atenção e já mostra uma nova febre na decoração de ambientes.


Comentários
Para um espanhol que estava visistando a Artefacto alguns dos nomes famosos que participam da mostra decepcionaram. Sem citar nomes ele achou algumas criações um tanto clichês.


Mira
A Nike está com a corda toda querendo arrebatar um público feminino cada vez maior. Um dos modelos mais recentes criados para dar coceira nas mãos das consumidoras é oThe Kyotu. A peça é especial para quem faz yôga. Como a prática desta atividade milenar é feita de pés descalços, a criação funciona para o chegar e sair das aulas.


Paura
Deu o que falar o comentário que o apresentador do programa Retratos da MPB, Ruy de Lima e Silva, da Rádio Educativa fez, semana passada, sobre Zeca Baleiro. Com o aval de ser pesquisador e ter níveis superiores de sabedoria sobre a musica brasileira, Lima e Silva fez um duplo papel em seu texto. Falou que Baleiro está no rumo certo mas criticou o repertório do músico.
Como o maranhense é adorado, por uma camada da sociedade tão culta quanto o apresentador, choveram telefonemas de revolta às palavras dedicadas ao autor de Pet Shop Mundo Cão, disco que está sendo trabalhado este ano.

É certo criticar alguém que está colocando os novos ritmos da música mundial em sintonia com ritmos regionais? O que tem mais importância, o ato de criar ou o que foi criado?


Continue lendo