Coluna da Ana Clara

Novos ares para engatar novas atitudes

24 mar 2003 às 18:54

Vento bom
Ares mais temperados caíram sob Curitiba neste final de semana. Deu pra matar a saudade do frio, depois do longo verão. Ainda bem que a frente fria coincidiu com a leva de bons filmes no cinema.
A ressaca do verão é boa para o intelecto. Olá Jack Nicholson, Roman Polanski e, porque não, Leonardo di Caprio? Nada como aproveitar o final do bronzeado, agasalhar-se com aquela malha básica, gola rolê preta e encarar uma pipoca com refri, sexta-feira à noite ( na segunda também).
Hora de trocar as loiras geladas por um cabernet morno, 18graus está bom.

Ele esteve entre nós
Quem circulou pela cidade semana passada foi Nelsinho Motta. Veio numa missão especial: autografar seu primeiro romance, O Canto da Sereia, Um Noir Baiano. Sob a moldura de dezenas de obras de Guido Viaro do Hotel Bourbon, Nelsinho parecia à vontade.
Os engravatados hóspedes pareciam não entender quem era aquele risonho falando pra poucos.
Presentes alguns estudantes de jornalismo, um solitário bêbado, um fotógrafo e a reportagem da Folha.


Calça jeans, camiseta branca e óculos escuro. Nelson não se importa com vaidades aparentes. Seu negócio é outro. Ele vende palavras. Mas já repetiu duas vezes em português no primário.
Atenção: uma das pessoas que ele escuta a maior parte do tempo é sua editora, Iza Pessoa. Diz ele que não é burro, mas suas orelhas são grandes para escutá-la.


Um instante para pensar
Mania nacional. As mulheres vivem reclamando que não há homens para elas. Que são todos umas porcarias e que é melhor ficar sozinha. Não seria um pouco pretensioso pensar que se é tão especial que não há ninguém no mundo compatível? Não estariam as raparigas ficando tão chatas e tão envolvidas com seus umbigos que não conseguem enxergar qualidades nos homens a sua volta?
Tem muita gente legal por aí sim. Agora que os príncipes são sapos isso são. Quem se importa?



O que vem por aí....
Acontece mês que vem no Callas mais uma edição Natu Blues Festival. Esta é a segunda vez que a marca de uísque faz passagem pela cidade. Este ano vem com uma novidade: sabe quem vem tocar no dia 11 de abril, primeiro dos dois dias de apresentações? Renato Borghetti. O músico gaúcho deve tirar muita gente de casa para vê-lo. Ainda mais fazendo o som que veio do Mississipi, o Blues.


Cada uma que inventam...
O Mercado Mundo Mix que aconteceu no final de semana em Curitiba teve muita coisa engraçada. Uma delas foi uma das personagens da Casa das Sete Monetes, peça que está fazendo o maior sucesso no Festival de Teatro de Curitiba, circulando de vestido negro e peruca estilo mãe de Norman Bates, no meio da modernidade.


Acompanhada de um repórter do SBT, a personagem experimentou roupas, leu sua sorte e experimentou uma novidade que o mercado trouxe para cá: o Orgasmatron. O equipamento é um capacete cheio de astes que se moldam na cabeça fazendo as vezes de um massageador de cérebro. A sensação de se colocar a invenção é a mesma de ganhar um cafuné daqueles. Salvo exageros, é claro.

Falando em A Casa das Sete Monetes, a peça rola toda noite às 1h30. E está lotando. No sábado tanta gente foi ver que eles deram um repique às 3 horas.


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