O Atlético entrou em campo já sabendo que o Santos havia apenas empatado. Jogava contra o condenado Grêmio por uma vitória que garantiria quatro pontos de vantagem e a quase certeza do título. Fez um, fez dois, fez três gols. Levou um mas ninguém deu bola.
Faltavam menos de cinco minutos, contando os acréscimos, para a festa da torcida. Mas aos 43 minutos o Grêmio diminuiu a vantagem. Nada preocupante, era só segurar um pouco a bola, jogar com tranqüilidade e esperar o apito final que sepultaria os gaúchos e glorificaria os paranaenses.
Mas aos 46 minutos saiu o gol de empate. Péssimo para o rubro-negro; ótimo para o campeonato que ganhou fôlego extra para as três últimas rodadas.
E o fiel da balança será o São Caetano, que pode roubar pontos dos dois líderes. A não ser que o STJD o condene ao rebaixamento na próxima sexta.
Redenção
Quase ninguém viu mas o Coxa voltou a jogar bem e goleou o Vitória, cada vez mais candidato ao rebaixamento. Mas foi tarde demais.
Muita gente viu a luta do Paraná contra o bem armado Goiás. Como tem sido uma constante, vitória obtida no sufoco, na garra e na vontade, palavras que parecem combinar com o técnico Paulo Campos.
A Segundona vai ficando cada vez mais longe do tricolor.
Foice no escuro
Por falar em rebaixamento, após a confirmação mais do que esperada da queda do Grêmio, a luta para escapar do descenso ganha ares de dramalhão mexicano. Além do praticamente condenado Guarani, do cada vez mais ameaçado Atlético Mineiro, de Flamengo, Paysandu, Cricíuma, Botafogo e Paraná, quem entrou de vez na zona de risco é o Vasco.
Os cruz-maltinos têm pela frente o Corinthians, em São Paulo (talvez a melhor chance de ganhar pontos); o Atlético Paranaense, no Rio; e o Santos, na Vila Belmiro. Se bobear, fica com uma das vagas da Segundona. Seria uma boa lição para Eurico Miranda.
Pena que os tribunais ainda podem se meter nesta briga, rebaixando o São Caetano.
Nota 10
Para os jogadores gremistas que, apesar do rebaixamento certo, lutaram até o fim e conquistaram um improvável empate contra o Furacão.
Nota 0
Para os jogadores e a diretoria do Grêmio pela pífia campanha que condenou o time a três rodadas do fim. Para os jogadores atleticanos pela pane geral.