Sob a firme, e bota firme nisso, direção de Bernardinho, os "meninos" do vôlei brasileiro conquistaram pela sexta vez -- quarta consecutiva -- o título da Liga Mundial. Aliás, quando o time entra em uma competição o resultado dificilmente é diferente, pelo menos nos últimos anos. Mas desta vez a conquista não foi tão simples e exigiu desta fantástica seleção uma boa dose de superação para conseguir a recuperação em dois momentos difíceis: após a derrota para a Bulgária na abertura da fase final e nos dois primeiros sets da partida decisiva contra a França. Mas ao contrário de seus colegas futebolistas, além de talento, Giba, Ricardinho, Serginho e companhia têm entrosamento, garra e espírito de equipe. E isto faz total diferença.
A única derrota em toda a liga para a seleção do leste europeu deveu-se muito mais ao fato da seleção ter enfrentado adversários mais fracos na primeira fase, que não exigiram tanto do time e fizeram o Brasil chegar às finais em nível mais baixo que de seus adversários. Mas a lição foi rapidamente absorvida e a volta por cima começou com a vitória contra a outrora asa negra, e hoje decadente, Itália. Reação que continuou com duas vitórias contra os russos, com jogo de força muito semelhante aos dos búlgaros.
Na final, novamente o time foi surpreendido por uma seleção que até então não freqüentava o seleto grupo das equipes vencedoras, a França, logo ela, que abusa do jogo técnico e com muitas variações táticas que tanto caracteriza o time brasileiro. Mas a história se modificou graças a rápida intervenção de Bernardinho, que soube substituir a tempo os jogadores que não estavam correspondendo (uma bela lição para o teimoso treinador recém-demitido pela CBF) por outros que puxaram o time para cima. A virada histórica que se seguiu veio pelas mãos de Giba, mais uma vez brilhante em uma final, mas é mérito de um grupo de jogadores que sabem fazer com que suas habilidades individuais sirvam ao conjunto.
E sem descanso, os hexa-campeões agora já se preparam para o Mundial, que será disputado em Novembro, no Japão. Lá chegarão como favoritos, mas sem o oba-oba que tanto atrapalhou sues pares futebolísticos da cada vez menos pátria de chuteiras.
Sexto
Se o vôlei masculino comemora a sexta conquista da Liga Mundial e o feminino vai se aproximando do sexto título do Grand Prix, na F-1 Felipe Massa foi perfeito na Turquia e se tornou o sexto brasileiro a vencer uma prova na categoria. Dominou com absoluta tranqüilidade e competência toda a corrida, desde o treino de classificação, e contou com um pouco de sorte (fundamental no esporte a motor) para não ter que ceder a posição para Schumacher, que é quem luta pelo título na Ferrari. Sem o choramingo de Barrichello, sem apelar para a frase feita de "um brasileirinho contra um mundão", Massa mostrou que tem talento suficiente para pilotar por uma equipe de ponta, mas ainda depende da decisão de seu companheiro de escuderia para saber qual será a cor de seu macacão em 2007. Tomara que tenha um bom lugar para correr e que a vitória de domingo não seja bissexta.
Quinto
Sinal amarelo para o Paraná. Depois de perder para o São Paulo -- resultado absolutamente normal, apesar de ter vindo apenas com a mãozinha da arbitragem -- em partida em que jogou bem, o tricolor foi muito mal contra o Juventude e mereceu a derrota em casa para uma equipe no máximo mediana. Hora de arrumar a casa, curar as feridas e recuperar longe de Curitiba os pontos perdidos nas últimas rodas, para manter a boa colocação conquistada com muito esforço.
Primeiro
Quem foi muito bem no final de semana foi o Coritiba, que trouxe três pontos de Florianópolis, mesmo com o juiz atrapalhando, e fechou o primeiro turno na liderança. Se mantiver o bom desempenho das últimas partidas, o Coxa, que ganhou muito com a chegada de Cristian e Paulo Miranda, tem caminho pavimentado para voltar à elite do futebol brasileiro. Méritos para Paulo Bonamigo, que se firma cada vez mais como um bom treinador.
Décimo terceiro
Apesar de ainda estar muito aquém das suas últimas campanhas, o Atlético começa a se recuperar e, depois de duas vitórias seguidas, vê a zona de risco um pouco mais distante. Mas tem que se cuidar porque ainda falta quase um turno inteiro a ser disputado.
Nota 10
Para Giba e seus companheiros que formam o "Time dos Sonhos" do vôlei. Para Felipe Massa, próximo à perfeição na Turquia.
Nota 0
Para Rubens Barrichello, que apesar de ter demonstrado satisfação pela pole -- e depois pela vitória -- de Massa, declarou, ainda no sábado que o piloto da Ferrari deveria aproveitar o pouco tempo que teria para comemorar a posição de honra na largada da prova, já que teria que ceder espaço para Schumacher. Talvez ele até tivesse razão, mas acabou por passar uma imagem de despeito e inveja.