Cada vez que uma comédia romântica adolescente entra em cartaz parece significar que, mais uma vez, um diretor, David Raynr ("Trippin’ "), e um roteirista, Mark Schwahn ("35 Miles From Normal"), uniram forças na tentativa de reinventar um punhado de clichês e piadas de gosto duvidoso. Os dois, aliás, devem desculpas a, pelo menos, meia dúzia de estúdios de cinema e produtoras de TV. Com tantos filmes desse gênero, uns bem sucedidos, outros nem tanto assim, a tentação de copiá-los é grande.
Em "Correndo Atrás" é praticamente impossível não notar as semelhanças com produções teens anteriores como "As Patricinhas de Beverly Hills", "Ela É Demais", "Drive Me Crazy", "Amor ou Amizade", "10 Coisas Que Eu Odeio Em Você", só para citar alguns exemplos. A diferença, desta vez, é que a direção preferiu não usar nomes conhecidos do público jovem no elenco. O que não é ruim, afinal de contas já não dava mais para agüentar ver o rostinho, mesmo que lindo, de Freddie Prinze Jr. em outro filme açucarado feito para menores de 21 anos.
Como em outras ocasiões, o roteiro segue a velha e surrada fórmula do nerd socialmente invisível que se apaixona pela garota mais quente e popular da escola. Neste caso, o protagonista é Ryan Woodman (Shane West, da série de TV "Once and Again"), um adolescente que toca acordeão e sua melhor amiga, Maggie Carter (Marla Sokoloff, de "Crime Verdadeiro"), que é também sua vizinha. Toda e qualquer semelhança com o seriado "Dawson’s Creek" não é mera coincidência.
Como Ryan fará para conquistar Ashley Grant, a garota por quem todos os alunos babam? Elementar... Chris Campbell, o primo da mesma e o qual caiu de quatro pela vizinha de Ryan, fará uma proposta, nem tão indecente assim, a ele. Chris ajuda Ryan a ganhar sua prima, em troca Ryan faz o mesmo para que o novo amigo leve a melhor com Maggie. Lógico, são necessários 90 minutos de filme para que Ryan descubra que tudo o que ele sempre sonhou estava bem debaixo do seu nariz, ou melhor, na casa ao lado.
Déjà vu - Algumas pessoas tiveram a coragem de mencionar que o filme é uma versão moderna de "Cyrano de Bergerac". A verdade é que "Correndo Atrás" está anos luz de distância da história escrita por Edmond Rostand. O enredo está mais para as baboseiras juvenis criadas nos últimos 20 anos em Hollywood do que para um clássico francês. E o elenco pode ser comparado às eternas estrelas do gênero - John Cusack, Molly Ringwald, Robert Downey Jr., Matthew Broderick, Charlie Sheen -, mas tem muito chão ainda para um dia, quem sabe, chegar aos pés de Gérard Depardieu, Anne Brochet e Vincent Perez. A única coisa que este filme pode emprestar do francês é a expressão déjà vu.
A história até capta um pouco da frustração de todo adolescente em conseguir fazer a garota dos seus sonhos notar a sua existência no mundo. O filme teve algumas situações mais próximas da realidade, devido, principalmente, a uma atuação surpreendentemente boa, levando-se em conta um elenco tão jovem e inexperiente. Shane West, apesar de boa-pinta e difícil de não ser notado, transmite uma certa sinceridade e seu personagem Ryan até convence.
Marla Sokoloff, a bela e enigmática Maggie, é quem mais se destaca entre os quatro protagonistas. A atriz confere à sua personagem uma profundidade dramática que, de cara, conquista o espectador. Jodi Lyn O’Keefe (Ashley) e James Franco (Chris), do recente "Nunca Fui Beijada", atuam bem como os populares e superficiais ídolos do colegial. Jodi Lyn repete seu papel em "Ela É Demais" da cheer-leader cabeça-de-vento e espera-se que da próxima vez ela consiga provar que consegue fazer mais do que ser uma patricinha irritante.
A comédia não tem muita graça e o enredo principal não foi desenvolvido o suficiente para diferenciá-lo de um gênero que, só no ano passado, lançou no mercado cinematográfico uma média de dez títulos. "Correndo Atrás" tem seu charme, mas nada de muito especial. Atenção para o diferencial do filme: no final tem um baile de formatura. E o melhor de tudo é que você não precisa perder tempo e dinheiro para adivinhar quem vai ficar com quem.
Em "Correndo Atrás" é praticamente impossível não notar as semelhanças com produções teens anteriores como "As Patricinhas de Beverly Hills", "Ela É Demais", "Drive Me Crazy", "Amor ou Amizade", "10 Coisas Que Eu Odeio Em Você", só para citar alguns exemplos. A diferença, desta vez, é que a direção preferiu não usar nomes conhecidos do público jovem no elenco. O que não é ruim, afinal de contas já não dava mais para agüentar ver o rostinho, mesmo que lindo, de Freddie Prinze Jr. em outro filme açucarado feito para menores de 21 anos.
Como em outras ocasiões, o roteiro segue a velha e surrada fórmula do nerd socialmente invisível que se apaixona pela garota mais quente e popular da escola. Neste caso, o protagonista é Ryan Woodman (Shane West, da série de TV "Once and Again"), um adolescente que toca acordeão e sua melhor amiga, Maggie Carter (Marla Sokoloff, de "Crime Verdadeiro"), que é também sua vizinha. Toda e qualquer semelhança com o seriado "Dawson’s Creek" não é mera coincidência.
Como Ryan fará para conquistar Ashley Grant, a garota por quem todos os alunos babam? Elementar... Chris Campbell, o primo da mesma e o qual caiu de quatro pela vizinha de Ryan, fará uma proposta, nem tão indecente assim, a ele. Chris ajuda Ryan a ganhar sua prima, em troca Ryan faz o mesmo para que o novo amigo leve a melhor com Maggie. Lógico, são necessários 90 minutos de filme para que Ryan descubra que tudo o que ele sempre sonhou estava bem debaixo do seu nariz, ou melhor, na casa ao lado.
Déjà vu - Algumas pessoas tiveram a coragem de mencionar que o filme é uma versão moderna de "Cyrano de Bergerac". A verdade é que "Correndo Atrás" está anos luz de distância da história escrita por Edmond Rostand. O enredo está mais para as baboseiras juvenis criadas nos últimos 20 anos em Hollywood do que para um clássico francês. E o elenco pode ser comparado às eternas estrelas do gênero - John Cusack, Molly Ringwald, Robert Downey Jr., Matthew Broderick, Charlie Sheen -, mas tem muito chão ainda para um dia, quem sabe, chegar aos pés de Gérard Depardieu, Anne Brochet e Vincent Perez. A única coisa que este filme pode emprestar do francês é a expressão déjà vu.
A história até capta um pouco da frustração de todo adolescente em conseguir fazer a garota dos seus sonhos notar a sua existência no mundo. O filme teve algumas situações mais próximas da realidade, devido, principalmente, a uma atuação surpreendentemente boa, levando-se em conta um elenco tão jovem e inexperiente. Shane West, apesar de boa-pinta e difícil de não ser notado, transmite uma certa sinceridade e seu personagem Ryan até convence.
Marla Sokoloff, a bela e enigmática Maggie, é quem mais se destaca entre os quatro protagonistas. A atriz confere à sua personagem uma profundidade dramática que, de cara, conquista o espectador. Jodi Lyn O’Keefe (Ashley) e James Franco (Chris), do recente "Nunca Fui Beijada", atuam bem como os populares e superficiais ídolos do colegial. Jodi Lyn repete seu papel em "Ela É Demais" da cheer-leader cabeça-de-vento e espera-se que da próxima vez ela consiga provar que consegue fazer mais do que ser uma patricinha irritante.
A comédia não tem muita graça e o enredo principal não foi desenvolvido o suficiente para diferenciá-lo de um gênero que, só no ano passado, lançou no mercado cinematográfico uma média de dez títulos. "Correndo Atrás" tem seu charme, mas nada de muito especial. Atenção para o diferencial do filme: no final tem um baile de formatura. E o melhor de tudo é que você não precisa perder tempo e dinheiro para adivinhar quem vai ficar com quem.