Não só a mostras e debates se resume o 5º Festival de Cinema, Vídeo e DCine de Curitiba. Ele também tem como objetivo incentivar a produção audiovisual paranaense. Para isto foi criado, anos atrás, o Prêmio Estímulo Copel, para contemplar roteiristas residentes no estado. O melhor roteiro inscrito recebe R$ 15 mil para ser filmado, além de parcerias com empresas fornecedoras de audiovisual - como equipamentos, iluminação, telecinagem e revelação. O prazo para finalização do projeto é de um ano, pois o resultado deve ser, obrigatoriamente, apresentado no Festival seguinte.
No ano passado, o vencedor foi o acadêmico de Direito Gil Barone, 21 anos, da cidade de Guarapuava. Seu roteiro foi transformado no curta "Quatro Amigos Numa Mesa de Bar Falando de Amor", que abriu a Mostra Competitiva no primeiro dia do Festival, segunda-feira, 14 de maio. Barone também assinou a direção. A história é baseada em um fato verídico, ocorrido no encontro de um grupo de amigos em um bar.
Este foi o primeiro filme de Gil Barone, que antes do curta havia filmado apenas algumas experimentações em vídeo. Com o dinheiro do prêmio, era possível transformar o roteiro em filme, mas no formato vídeo (caminho seguido pelos vencedores dos festivais passados). No entanto, "Quatro amigos..." foi rodado em película de cinema 16mm. Contando com o apoio do produtor (e, porque não dizer, milagreiro) Marcos Mirtes, o desafio foi vencido.
A média de custo de um curta em película no Brasil é de R$ 70 mil. É possível rodar curtas econômicos com R$ 40 mil. Mas com os R$ 15 mil recebidos do Prêmio Copel, a possibilidade do formato película é quase inconcebível. "Consegui finalizar esse filme porque outras pessoas, que também sonham em produzir cinema por aqui, trabalharam praticamente de graça e se empenharam para me ajudar", lembra Baroni. Atores e técnicos colaboraram para a concretização do trabalho.
Rodado no Yutz Bar em três dias, "Quatro amigos..." contou com outras formas de barateamento. Uma delas é o recurso de plano-seqüência, que consiste em filmar sem cortes durante um grande período. "Filmamos três vezes a cena principal. Ela dura cerca de oito minutos e meio. Na hora de editar, escolhemos os melhores trechos de cada uma das três tomadas", revela o produtor Marcos Mirtes.
Todo o curta foi captado em 16 mm. Para ganhar qualidade de imagem, no laboratório foi utilizado um recurso de expansão de película (blow-up), que amplia o negativo de 16mm para 35 mm. Além de obter um bom resultado na imagem, Barone e Mirtes fizeram questão também de aprimorar o áudio. A sonorização final foi feita em sistema Dolby Digital Estéreo no Estúdio Solo, um dos melhores de Curitiba. Outro detalhe interessante: a trilha sonora foi composta exclusivamente para o filme, pelos compositores Ivânio Lyra e Troy, da banda Quadrilha.
O resultado que se pode conferir nos 16 minutos de duração de "Quatro Amigos..." é sintético, despojado e econômico, mas com qualidade assegurada. Gil Barone e Marcos Mirtes mostraram que é possível vencer o desafio de fazer bom cinema com um orçamento baixíssimo. Este ano, foram recebidos 35 roteiros, que serão analisados e julgados por um júri de cinco profissionais da área. O resultado será divulgado no encerramento do festival, dia 19 de maio.
Saiba tudo sobre o 5º Festival de Cinema, Vídeo e DCine de Curitiba
No ano passado, o vencedor foi o acadêmico de Direito Gil Barone, 21 anos, da cidade de Guarapuava. Seu roteiro foi transformado no curta "Quatro Amigos Numa Mesa de Bar Falando de Amor", que abriu a Mostra Competitiva no primeiro dia do Festival, segunda-feira, 14 de maio. Barone também assinou a direção. A história é baseada em um fato verídico, ocorrido no encontro de um grupo de amigos em um bar.
Este foi o primeiro filme de Gil Barone, que antes do curta havia filmado apenas algumas experimentações em vídeo. Com o dinheiro do prêmio, era possível transformar o roteiro em filme, mas no formato vídeo (caminho seguido pelos vencedores dos festivais passados). No entanto, "Quatro amigos..." foi rodado em película de cinema 16mm. Contando com o apoio do produtor (e, porque não dizer, milagreiro) Marcos Mirtes, o desafio foi vencido.
A média de custo de um curta em película no Brasil é de R$ 70 mil. É possível rodar curtas econômicos com R$ 40 mil. Mas com os R$ 15 mil recebidos do Prêmio Copel, a possibilidade do formato película é quase inconcebível. "Consegui finalizar esse filme porque outras pessoas, que também sonham em produzir cinema por aqui, trabalharam praticamente de graça e se empenharam para me ajudar", lembra Baroni. Atores e técnicos colaboraram para a concretização do trabalho.
Rodado no Yutz Bar em três dias, "Quatro amigos..." contou com outras formas de barateamento. Uma delas é o recurso de plano-seqüência, que consiste em filmar sem cortes durante um grande período. "Filmamos três vezes a cena principal. Ela dura cerca de oito minutos e meio. Na hora de editar, escolhemos os melhores trechos de cada uma das três tomadas", revela o produtor Marcos Mirtes.
Todo o curta foi captado em 16 mm. Para ganhar qualidade de imagem, no laboratório foi utilizado um recurso de expansão de película (blow-up), que amplia o negativo de 16mm para 35 mm. Além de obter um bom resultado na imagem, Barone e Mirtes fizeram questão também de aprimorar o áudio. A sonorização final foi feita em sistema Dolby Digital Estéreo no Estúdio Solo, um dos melhores de Curitiba. Outro detalhe interessante: a trilha sonora foi composta exclusivamente para o filme, pelos compositores Ivânio Lyra e Troy, da banda Quadrilha.
O resultado que se pode conferir nos 16 minutos de duração de "Quatro Amigos..." é sintético, despojado e econômico, mas com qualidade assegurada. Gil Barone e Marcos Mirtes mostraram que é possível vencer o desafio de fazer bom cinema com um orçamento baixíssimo. Este ano, foram recebidos 35 roteiros, que serão analisados e julgados por um júri de cinco profissionais da área. O resultado será divulgado no encerramento do festival, dia 19 de maio.
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