O drama de Philippe Claudel marca a estreia do cineasta na direção de um longa-metragem e rendeu a ele, também roteirista do longa, dois prêmios no Festival de Berlim, o Bafta de Melhor Filme Não Falado em Inglês e dois Césars (principal prêmio do cinema francês), de Melhor Estreia e Atriz Coadjuvante (Elsa Zylberstein).
O filme é sobre Juliette Fontaine (Kristin Scott Thomas), que esconde uma passagem terrível em sua história, revelada aos poucos pelo roteiro. Ela volta à casa de sua irmã mais nova, Léa (Elsa Zylberstein), após afastamento de 15 anos e tem de lidar com a dor desse retorno.
O mundo a que ela estava habituada não existe mais, e ali o choque é maior - não só pela quantidade de informação, mas também porque o espírito provinciano da cidade meio que força a ex-condenada a adotar mais rápido aquele lugar como lar.
Um filme triste, pesado, que envolve o espectador ao descortinar aos poucos a história da protagonista, apoiando-se em excelentes atuações, principalmente em se tratando das duas irmãs da trama.